Prêmio TopBlog Brasil 2013/4

Prêmio TopBlog Brasil 2013/4
Maria Lopes

28 janeiro 2009

Jean-Jacques Rousseau

eu nome é lembrado toda vez que ocorrem estudos biográficos do Codificador. Jean Henri Pestalozzi, o educador atento e homem íntegro, assimilou o pensamento de Rousseau, a partir do contato que teve com a sua obra capital: Émile ou de l'Éducation. E foi por intermédio de Yverdun e de Pestalozzi que Rivail abeberou-se na doutrina da natureza de Rousseau.


Esse homem estranho, que tem seu nome estreitamento ligado à área pedagógica, foi romancista, memorialista, teórico social e político e um ideólogo.


Nascido em Genebra, na Suíça, a 28 de junho de 1712, até os seus 38 anos, era conhecido apenas como músico. Órfão de mãe ao nascer, com apenas 10 anos de idade foi entregue aos cuidados de um pastor, em Bossey, retornando a sua cidade natal dois anos depois e ali, foi aprendiz de gravador.


Peregrinando entre a Suíça e a França, tornou-se professor de música em Lausanne e Chambéry, e aos 19 anos, deslumbrou-se com a capital parisiense. Conseguindo quem o amparasse, na qualidade de protetores, entre os quais Mme. de Warens, da cidade de Chambéry, chegou a acompanhar o embaixador da França a Veneza, na qualidade de secretário.


Dedicado à música, teve recusado seu projeto de uma nova notação musical, apresentado na Academia de Ciências, em Paris. O sucesso musical seria alcançado em 1750, quando foi premiado, pela Academia de Dijon, o seu ensaio, Discurso sobre as ciências e as artes. A partir daí, suas novas produções teatrais e musicais são melhor acolhidas.

No Discurso premiado, Rousseau responde à pergunta proposta pela Academia de Dijon, em concurso: se o progresso das ciências e das letras concorreu para corromper ou depurar os costumes, onde afirma a primeira alternativa. Foi um contestador da sociedade tal como era organizada.


Quatro anos depois, no seu Discurso sobre a desigualdade entre os homens, afirmaria que a desigualdade e a injustiça eram os frutos de uma hierarquia mal constituída, que a organização social não corresponde à verdadeira natureza humana, corrompendo-a e sufocando o seu potencial.

No campo da música Rousseau escreveu a ópera-balé As musas galantes e a ópera cômica, O adivinho da aldeia.

Foi amigo dos enciclopedistas, entre os quais Diderot e Grimm, com os quais romperia mais tarde, tornando-se objeto de hostilidades tanto do governo como dos seus ex-amigos enciclopedistas, chegando a ter sua prisão decretada, o que o fez refugiar-se na Suíça, depois na Inglaterra.

Rousseau foi a mais profunda influência sobre o pré-romantismo, encontrando-se os traços dessa influência no romantismo francês de Chateaubriand, Lamartine e Victor Hugo, bem assim inspirou personagens de Goethe, de Foscolo, bem como personagens de Byron. Seu romance de amor, A nova Heloísa, publicado em 1761 teve um sucesso extraordinário.

Ao mesmo tempo romance filosófico, exalta a pureza em luta contra uma ordem social corrompida e injusta. Descreve um amor irrealizado. Possivelmente o retrato do que ele mesmo viveu.

No ano seguinte, surgiram suas obras mais discutidas: Do contrato social e Emílio ou da Educação. Na primeira, Rousseau apresenta o Estado ideal como resultante de um acordo comum entre os seus membros. Para esse acordo, faz-se necessário se estabeleçam obrigações. Para se tornarem cidadãos, os indivíduos devem ceder algumas de suas prerrogativas. A vontade geral, que é a da coletividade, é a que deve prevalecer. É um Estado que garante os direitos dos cidadãos.

Em Emílio, em forma romanesca, Rousseau imagina a educação de um jovem. É o processo da formação do indivíduo, que deveria ser ensinado a ver com "os próprios olhos". Afirmava ali, o pedagogo francês: "... a educação do homem começa no seu nascimento; antes de falar, antes de escutar, ele já se instrui.A experiência precede as lições; no momento em que ele conhece a sua ama de leite, ele já adquiriu muito."

Se considerarmos a idéia da pré-existência da alma e o Espírito reencarnante presente no processo gestatório, desde a fecundação, o pensamento de Rousseau ganha maior significado. Para ele, a educação é um processo espontâneo, natural, particularizando a necessidade do contato com a natureza. Mais do que conhecer, o ser necessita ser capaz de discernir.

A respeito de Deus, na última parte da obra, resume Rousseau: "Esse Ser que quer e que pode, esse Ser, ativo por si mesmo, esse Ser, enfim qualquer que seja, que move o universo e ordena todas as coisas, eu o chamo Deus.

Acrescento a esse nome as idéias reunidas de inteligência, de poder, de vontade, e a de bondade, que é uma conseqüência necessária; apesar disto não conheço melhor o Ser que assim classifico; ele se furta, tanto aos meus sentidos como ao meu entendimento; quanto mais penso nele, mais me confundo; sei com muita certeza que ele existe, e que existe por si mesmo; sei que minha existência é subordinada à sua, e que todas as coisas que conheço se encontram absolutamente no mesmo caso.

Percebo Deus por toda parte em suas obras; sinto-o em mim, vejo-o à minha volta; mas tão logo quero contemplá-lo em si mesmo, tão logo quero procurar onde está, o que é, qual a sua substância, ele me escapa, e meu espírito perturbado não percebe mais nada."

A sua obra mais delicada e de emoção mais tranqüila, denomina-se Devaneios de um passeante solitário. Referir-se-ia porventura, o escritor à sua breve passagem pela Terra? Exatamente à transitoriedade da encarnação? Ao escrevê-lo já se encontra enfermo, mas ainda sensível à beleza natural da vida.

Queixa-se da incompreensão de todos, afirma-se amigo da Humanidade desprezado pelos homens e dá uma imagem idílica da natureza. É seu testamento final. O dia 2 de julho de 1778 assinala o término da sua jornada terrena na personalidade de Jean-Jacques Rousseau. Contava 66 anos de idade.

Na Doutrina Espírita, que surgiria na Terra, quase 80 anos depois, Rousseau teria saciada sua fome e sede de justiça, igualdade e conhecimento. Eis como ele se expressa em mensagem inserida em O Livro dos Médiuns, pelo Codificador: "Penso que o Espiritismo é um estudo todo filosófico das causas secretas dos movimentos interiores da alma, até agora nada ou pouco definidos.

Explica, mais do que desvenda, horizontes novos. A reencarnação e as provas, sofridas antes de atingir o Espírito a meta suprema, não são revelações, porém uma confirmação importante. Tocam-me ao vivo as verdades que por esse meio são postas em foco. Digo intencionalmente _ meio _ porquanto, a meu ver, o Espiritismo é uma alavanca que afasta as barreiras da cegueira.

Ressuscitando o espiritualismo, o Espiritismo restituirá à sociedade o surto, que a uns dará a dignidade interior, a outros a resignação, a todos a necessidade de se elevarem para o Ente supremo, olvidado e desconhecido pelas suas ingratas criaturas."

Léon Denis

Léon Denis - verdadeiro sucessor e propagador da Doutrina codificada por Kardec - nasceu num lugarejo chamado Foug, situado nos arredores de Toul, na França, em 1º de janeiro de 1846. Sua casa era humilde, assim como os pais: Josephine, que era materialista; e Ana Lúcia Denis, que era espírita.

Cedo conheceu, por necessidade, os trabalhos manuais e os pesados encargos da família.

Desde os seus primeiros passos neste mundo, sentiu que os amigos invisíveis o auxiliavam. Ao invés de participar de brincadeiras próprias da juventude, procurava instruir-se o mais possível. Lia obras sérias, conseguindo, com esforço próprio, desenvolver sua inteligência.

Era um autodidata sério e competente. Jamais desperdiçou um minuto sequer de seu tempo com distrações frívolas, às quais a maior parte dos homens comumente recorre para matar as horas.

Com doze anos de idade, concluiu o curso primátio, mas a situação modesta de sua família não lhe possibilitou maiores estudos. Desde cedo, tinha problemas com sua saúde física - seus olhos principalmente.

Tinha dezesseis anos quando salientou-se como um dos melhores oradores e dos mais ardentes propagandistas. Aos dezoito anos, tornou-se propagandista comercial, o que o obrigava a viajar constantemente - e isso até quase envelhecer.

Denis adorava música, e, sempre que podia, assistia a uma ópera ou a um concerto. Gostava de dedilhar melodias conhecidas ao piano e de tirar acordes para seu próprio devaneio.

Não fumava, era quase exclusivamente vegetariano, e não fazia uso de bebidas fermentadas.

Era seu hábito admirar com interesse os livros expostos nas livrarias.

Um dia, ainda com dezoito anos, o chamado "acaso" fez com que sua atenção fosse despertada para uma obra de título inusitado. Era o "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec.

Dispondo do dinheiro necessário, comprou-o e, recolhendo-se imediatamente ao lar, entregou-se com avidez à leitura. Foram palavras do próprio Denis: "Nele encontrei a solução clara, completa, lógica, acerca do problema universal.
Minha convicção tornou-se firme.

A teoria espírita dissipou minha indiferença e minhas dúvidas." Seu espírito, nessa hora, sentiu-se sacudido em face dos compromissos assumidos no Espaço, para iniciar, em breve, o trabalho de propagação das verdades kardequianas.

Como tantos outros, disse ele, "...procurava provas, fatos precisos, de modo a apoiar minha fé, mas esses fatos demoraram muito a vir.

A princípio insignificantes, contraditórios, mesclados de fraudes e mistificações, que não me satisfizeram, a ponto de, por vezes, pensar em não mais prosseguir em minhas investigações; mas, sustentado, como estava, por uma teoria sólida e de princípios elevados, não desanimei.

Parece que o invisível deseja experimentar-nos, medir nosso grau de perseverança, exigir certa maturidade de espírito antes de entregar-nos a seus segredos."

Encontrava-se em seus trabalhos de experimentações, quando importante acontecimento se verificou em sua vida. Allan Kardec viera passar alguns dias na pacata cidade de Tours com seus amigos. E todos os espíritas do local foram convidados a recebê-lo e saudá-lo.

Em 1880, pelas cidades e vilas que percorria por força de seus afazeres, pronunciava conferências e fundava círculos de leitura e bibliotecas populares. É incalculável o número de conferências por ele proferidas na França, no propósito de propagar a Liga de Ensino, fundada por Jean Macé.

O ano de 1882 marca, em realidade, o início de seu apostolado, durante o qual se viu obrigado a enfrentar sucessivos obstáculos: o materialismo e o positivismo, que olhavam para o Espiritismo com ironia e risadas; os crentes das demais correntes religiosas, que não hesitavam em se aliar com os ateus, para ridicularizá-lo e enfraquecê-lo. Léon Denis, porém, como bom paladino, enfrentou as tempestades.

Os companheiros invisíveis colocaram-se ao seu lado para encorajá-lo e exortá-lo à luta.

"Coragem, amigo", dizia-lhe o Espírito Jeanne; "...estaremos sempre contigo para te sustentar e inspirar. Jamais estarás só. Meios ser-te-ão dados, em tempo, para bem cumprires a tua obra."

Foi em 02 de novembro de 1882, dia dos Mortos, que um evento de capital importância se produziu em sua vida: a manifestação, pela primeira vez, daquele Espírito que, durante meio século, havia de ser seu guia, seu melhor amigo, seu pai espiritual - Jerônimo de Praga -, e que lhe disse:
-"Vai, meu filho, pela estrada aberta diante de ti; caminharei atrás de ti para te sustentar."

E como Léon Denis indagasse se seu estado de saúde o permitiria estar à altura da tarefa, recebeu esta outra afirmativa: "Coragem, a recompensa há de ser a mais bela."

A partir de 1884, achou conveniente fazer palestras visando à maior difusão das idéias espíritas. Escreveu, em 1885, o trabalho "O Porquê da Vida", em que explica com nitidez e simplicidade o que é o Espiritismo.

Em 1892, recebeu um convite da Duquesa de Pomar para falar sobre Espiritismo em sua residência, numa das manhãs célebres em que se reunia quase toda Paris. Ele ficou indeciso, temeroso. Depois de muito meditar, pesando as responsabilidades, aceitou o convite.

O êxito de seu livro "Depois da Morte" situara-o como escritor de primeira ordem. Os grandes jornais e revistas ecléticas o solicitavam, e as tiragens sucessivas desse livro esgotavam-se rapidamente.

Eis a notícia publicada por "Le Journal", de Paris, acerca da reunião na casa da Duquesa: "A reunião de ontem foi uma das mais elegantes, ouvindo-se a conferência de Léon Denis sobre a Doutrina Espírita.

De uma eloqüência muito literária, o orador soube encantar o numeroso auditório, falando-lhe sobre o destino da alma, que pode, diz ele, reencarnar até sua perfeita depuração. Ele possui a alma de um Bossuet, soube criar um entusiasmo espiritualista.

As principais obras literárias de Denis foram concernentes ao Espiritismo. Mas, segundo o testemunho de Henri Sausse, escreveu também várias outras, tais como: "Tunísia", "Progresso", "Ilha de Sardenha", etc.

A partir de 1910, a visão de Léon Denis foi enfraquecendo-se dia a dia. A operação a que se submeteu dois anos antes não lhe proporcionara nenhuma melhora. Suportava, com calma e resignação, a marcha implacável desse mal que o castigava desde a juventude. Tudo aceitava com estoicismo e resignação. Jamais o viram queixar-se. Todavia, bem podemos avaliar quão grande lhe devia ser o sofrimento.

Mantinha volumosa correspondência. Jamais se aborrecia, amava a juventude, a alegria da alma, e era inimigo da tristeza.

O mal físico, para ele, devia ser bem menor do que a angústia que experimentava pelo fato de não mais poder manejar a pena. Secretárias ocasionais o substituíam nesse ofício. No entanto, a grande dificuldade para Denis consistia em rever e corrigir as novas edições de seus livros e de seus escritos. Graças, porém, ao seu espírito de ordem e à sua incomparável memória, superava todos os contratempos sem molestar ou importunar os amigos.

Depois da morte de sua genitora, uma empregada cuidava de sua pequena habitação. Ele só exigia uma coisa: o absoluto respeito às suas numerosas notas manuscritas, as quais ele arrumava com meticulosa atenção. E foi justamente por causa dessa sua velha mania que a Duquesa de Pomar o denominara de "o homem dos pequenos papéis".

Em 1911, após despender grande esforço no preparo da nova edição de "O Problema do Ser, do Destino e da Dor", caiu gravemente enferno, vitimado por pneumonia. Contudo, o tratamento enérgico de seu médico o colocou novamente de pé em curto lapso de tempo.

Grande e profunda dor estava para ele reservada. Veio a guerra de 1914, e seu espírito se condoía ao ver partir para o "front" a maioria de seus amigos.

Léon padecia, então, de uma doença intestinal e estava parcialmente cego.

Pela incorporação, seus amigos do Espaço e, entre eles, um Espírito eminente, comunicavam-lhe, de tempos em tempos, suas opiniões sobre aquela terrível guerra, considerada em seus dois aspectos: o visível e o oculto.

Tais práticas levaram-no a escrever certo número de artigos, por ele publicados na "Revue Spirite", na "Revue Suisse des Sciences Psychiquesó" e no "Echo Fid", revelando não somente o seu grande amor pela terra em que nasceu, mas também ressaltando a lei de causa e efeito. Quando a guerra aproximava-se de seu fim, a "Revue Spirite" passou a publicar, em todos os seus números, artigos de Léon Denis.

Após a guerra, aprendeu braile, o que o permitiu ficar atualizado e fixar sobre o papel, por meio de "grille" (impressão em braile), os elementos de capítulos ou artigos que lhe vinham ao espírito, pois já nessa época de sua vida estava, por assim dizer, quase cego.

Em 1915, iniciava ele nova série de artigos repassados de poesia profunda e serena, a respeito da voz das coisas, preconizando o retorno à natureza.

Na mesma época, entretanto, um forte vento soprava contra o kardequianismo. O fenomenismo metapsiquista espalhava, aos quatro ventos, a doutrina do filosófico puro.

O Sr. P. Heuzé fazia muito barulho através de "L'Opinion", com suas entrevistas e comentários tendenciosos. Afirmava prematuramente que, na medida em que a metapsíquica fosse avançando, o Espiritismo iria, ao mesmo tempo, perdendo terreno. Sua "profecia", no entanto, não se realizou.

Após a vigorosa resposta do Sr. Jean Meyer pela "Revue Spirite", Léon Denis, por sua vez, entrou na discussão, na qualidade de presidente de honra da União Espírita Francesa, estabelecendo muito nitidamente a diferença existente entre o Espiritismo e o Metapsiquismo.

A partir desse momento, Léon Denis teve que exercer grande atividade jornalística para responder às críticas e ataques provenientes também de altos membros de outras religiões, saindo-se de maneira brilhante, como já era de se esperar.

Em março de 1927, com 81 anos de idade, terminara o manuscrito que intitulou "O Gênio Céltico e o Mundo Invisível", e naquele mesmo mês a "Revue Spirite" publicava o seu derradeiro artigo.

Terça-Feira, 12 de março de 1927, em torno das 13;00h, respirava Denis com grande dificuldade, pois a pneumonia o atacava outra vez.

A vida parecia abandoná-lo, mas seu estado de lucidez era perfeito. Suas últimas palavras, pronunciadas com extraordinária calma, mas com muita dificuldade, foram dirigidas à empregada Georgette: "É preciso terminar, resumir e... concluir." (fazia alusão ao prefácio da nova edição biográfica de Kardec). Naquele exato momento, faltaram-lhe completamente as forças para que pudesse articular outras palavras.

Cerca de um mês depois, desencarnava Léon Denis.


15 janeiro 2009

Zarathustra

Também Zoroastro, na forma grega do nome.

Foi o legislador e fundador da religião conhecida sob denominações diversas tais como Mazdeísmo, Magismo, Parsismo, Culto do Fogo ou ainda Zoroastrismo.

Pretendem alguns autores haver Zarathustra (pois Zoroastro é um nome genérico} nascido em Bactriana e outros o dizem natural da Bíblica Rhagés, não distante da atual Téheran. Quando ? Tão longínquos aqueles tempos! 0 escritor Haug, por exemplo, assinala para Zoroastro, escrevendo acerca das "Etapas do Verbo Solar", uma antiguidade não menor do que 1000 anos antes de Cristo, Filho de Maria. Dizem ainda ter ele vivido nos dias do rei Vistaspa, uns 3000 anos antes da nossa era. Datas pouco importam; sabemos ter sido ele uma das mais luminosas inteligências "descidas" â Terra, um dos maiores homens que abençoaram este indigente mundo com sua augusta presença. Seus maravilhosos ensinamentos por largos círculos se difundiram sob o nome de Magismo tendo sido adotados pelos adeptos de outrora, os astrônomos da Caldéia.

Dissemos ser Zoroastro um nome genérico, para os grandes reformadores e legisladores. Segundo Helena P. Blavatsky, a jerarquia começou com o divino Zarathustra, no Vendidãd - primeiro livro de fragmentos zendas, mais conhecido como o Zend-Avesta - findando a mesma gloriosa jerarquia com um homem realmente maravilhoso, porém mortal. Mortal, na condição de humana criatura, pois que, vindos do TODO, seremos todos, um dia... imortais!

Ainda segundo a "Doutrina Secreta", de H.P.B., o derradeiro Zoroastro teria sido o fundador do Templo do Fogo de Azareksh, muitos séculos antes da era propriamente histórica.

Conta-se que nasceu lã pelas montanhas de Elbourz, descendente de antiga estirpe real; conta-se também que certa vez, caminhando pelas selvagens solidões das florestas,um visionário predisse-lhe que seria " um rei sem cetro e sem diadema ",um monarca coroado pelo Sol...

Num morrer de tarde, chegou o mancebo - infatigável caminhante,numa busca que ele mesmo ignorava - a um vale, onde sussurrava uma fonte.

Uma mulher vestida de branco, enchia seu cântaro. A uma pergunta do peregrino, respondeu ela que o vale pertencia ao patriarca Vahoumano, guardião do Fogo puro e servo do Altíssimo. Assim nos relata Schuré, em sua literatura toda poesia.

E a rapariga do cântaro,acrescentou: - "Aquele que beber desta água, sofrerá inextinguível sede, uma sede que só Deus pode estancar".

Sede que somente Deus poderia estancar...

Vestido de peles de carneiro,Zoroastro passou dez anos ao abrigo de uma floresta de cedros, alimentando-se com o leite e o pão que lhe traziam os pastores. Era despertado por uma águia, na hora em que o Sol ia nascer.

Muitos anos depois foi que ele ouviu a voz de Ormuz e lhe contemplou a gloria. Ormuz ou Ahura Mazda é o deus dos zoroastrianos ou parses modernos. Está simbolizado pelo Sol, sendo, como é, a Luz das luzes.

Secretas palavras foram ditas então ao discípulo de Vahoumano, sendo este por alguns Gnósticos identificado com Melchisédec, o iniciado de Abrahão.

Dissera Vahoumano ao mancebo, quando este, misteriosamente guiado, foi ao seu encontro: "Vem viver na floresta e desaparece aos olhos dos teus. Quando voltares, serás outro; não mais Ardjasp, mas Zarathoustra , ou seja: " estrela de ouro ou esplendor do Sol . .

Porque Ardjasp, nascido nas tribos de Elbourz, que se chamava então Albordj, era o formoso mancebo, descendente de estirpe real...

Muitas vezes falou-lhe a voz de Ormuz que lhe falava numa voz interior ou por meio de imagens ardentes, quais pensamentos vivos que lhe abrasavam a alma. Misteriosas coisas lhe foram transmitidas pela voz divina... E todo o Zend-Avesta é um diálogo entre Ormuz e Zoroastro: "Do Fogo - segredou Ormuz - recebi a existencia!”

No Zend Avesta palpita um otimismo sadio, bem contrário ao pessimismo bouhista. Ormuz condena a violência e a injustiça, apresentando a coragem como sendo a primeira virtude do homem.

No pensamento de Zoroastro parece palpitar a presença continua do mundo invisível; toda sua atenção é porem focalizada na ação, na conquista da terra, a energia da vontade disciplinada pela alma.

Maiores informações, contate-nos...

Obrigado, por nos permitir Divulgar parte desta existencia tão maravilhosa.

Vyassa

0 Codificador da Vedanta

Em um antigo número de "Dhãrãna", com as seguintes palavras refere-se nosso Mestre J.H.S. â Excelsa Galeria da S.T.B.: " - Mais do que glorioso monumento, o Templo da Sociedade Teosõfica Brasileira, serve de modesto mas indestrutível PANTHEON aos Grandes Instrutores ou Guias espirituais de todos os povos, a esses extraordinários Seres que, desde Vyasa, codificador da Vedanta, até ao último rebento oriental, o sábio e místico Ramakrishna, vieram impulsionar a tônica da Verdade e encaminhar as mônadas que deviam constituir, nestas plagas, as futuras civilizações".

Da "Excelsa Galeria", destacamos aqui a luminosa figura de Vyãsa, ou seja: "aquele que desenvolve ou amplia".

Ou ainda, em outras palavras, o que explana, interpreta, revela, fazendo surgir - qual flor que desabrocha - sob a letra que mata, o espírito que vivifica, ensinamento este tão maravilhosamente aplicado pelo nosso amado Mestre aos que tiveram a honra e a ventura de conviver com Ele.

Diz-nos H.P.B.,ter havido de passagem pela Terra, ou melhor, pela face da Terra, numerosos Viâsas lá pelas longínquas paragens de Aryavarta, antigo nome da Índia do Norte. Parece que ali se teriam estabelecido em remotas eras os invasores brahmânicos. Era aquela região compreendida entre as soberbas cadeias de montanhas do Himalaya e de Vindhy, indo do mar oriental ao ocidental.

Trazendo, pois esses gloriosos Seres cada um a sua missão ao nosso planeta (e quem a este mundo vira sem trazer uma missão?) um deles teria sido o Compilador e organizador dos Vedas: as Escrituras dos indus e que constituem as mais antigas, as mais sagradas obras sãnscritas.

Como acima dissemos houve (segundo Helena Petrovna Blavatsky) diversos Manus conhecidos sob o nome de Vyãsa: um deles repetimos, foi o revelador dos Vedas, aquele que explana ... até certo ponto, um mistério para os profanos. Outro, que dizem ser o vigésimo oitavo Vyâsa, é o autor do Mahãbhãrata, famoso poema épico da Índia e possivelmente o mais extenso poema jamais escrito; encerra nada menos do que 220.000 versos divididos em 18 livros!
Outro Vyãsa houve, ou seja,o autor do Uttara Mimãnsã, o sexto sistema ou escola da filosofia índia, ofundador do sistema Vedãnta.

Longe vão os séculos e bem parcos são os dados que até aos nossos dias chegaram acerca de Seres tantos que em países vários e em diversas épocas entre os humanos têm passado trazendo centelhas da Verdade Única, ainda a ser desvelada...

Segundo alguns escritores, o autor do Uttara Mimãnsã teria vivido 1400 anos antes de Cristo, o Nazareno, data, ao que parece, um pouco recente. Falam os Purãnas apenas em vinte e oito Vyâsas que de tempos em tempos, segundo ordena a Lei, aqui vieram promulgar as ciências, ou melhor, a Sabedoria Védica; parece no entanto ter sido maior o número desses Manus. Quem o poderá ao certo saber? Tal como cumprem os astros suas trajetórias, assim tais Seres - sob nomes e aspectos diversos - suas trajetórias realizam em compassiva missão pela humanidade.

Entre todos eles, Krishna Dwaipâ yana parece ser o mais notável, dada a importância das obras que compilou, tais como o Mahãbhãrata e que narra fatos ocorridos durante a Dvãpara-yuga, Idade que precedeu a nossa, há uns 5.000 anos passados. São as lutas entre raças rivais (as eternas guerras na eterna ambição).

Vedãnta: Um sistema místico de filosofia que foi desenvolvido e promulgado por diversas gerações de sábios com o intuito de interpretar o secreto significado dos Upanishads ou seja a "penetração" dos Vedas segundo os métodos da Vedãnta.

Explicam os panditas hindus significar a palavra Upanichad " aquilo que destrói a ignorância, produzindo a liberação" do espírito.

. Não foi isto o que Jesus pregou quando, lá pelas terras da Galiléia, dizia aos seus discípulos: "Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres. (João,VIII, 32).

E não nos foi também, aqui em nossa Obra, ensinada esta frase que, entre lutas tantas e bem duros embates, nos tem sido escudo e fanal:"Os Filhos da Luz caminham na Luz sem receio das trevas”.

Maiores informações, contate-nos

Obrigado, por nos permitir Divulgar parte desta existencia tão maravilhosa.


Obrigado meu Deus pelo privilégio de poder colaborar com todos estes meus semelhantes, e as vezes até com outros seres não tão semelhantes assim.

0 Codificador da Vedanta

Em um antigo número de "Dhãrãna", com as seguintes palavras refere-se nosso Mestre J.H.S. â Excelsa Galeria da S.T.B.: " - Mais do que glorioso monumento, o Templo da Sociedade Teosõfica Brasileira, serve de modesto mas indestrutível PANTHEON aos Grandes Instrutores ou Guias espirituais de todos os povos, a esses extraordinários Seres que, desde Vyasa, codificador da Vedanta, até ao último rebento oriental, o sábio e místico Ramakrishna, vieram impulsionar a tônica da Verdade e encaminhar as mônadas que deviam constituir, nestas plagas, as futuras civilizações".

Da "Excelsa Galeria", destacamos aqui a luminosa figura de Vyãsa, ou seja: "aquele que desenvolve ou amplia".

Ou ainda, em outras palavras, o que explana, interpreta, revela, fazendo surgir - qual flor que desabrocha - sob a letra que mata, o espírito que vivifica, ensinamento este tão maravilhosamente aplicado pelo nosso amado Mestre aos que tiveram a honra e a ventura de conviver com Ele.

Diz-nos H.P.B.,ter havido de passagem pela Terra, ou melhor, pela face da Terra, numerosos Viâsas lá pelas longínquas paragens de Aryavarta, antigo nome da Índia do Norte. Parece que ali se teriam estabelecido em remotas eras os invasores brahmânicos. Era aquela região compreendida entre as soberbas cadeias de montanhas do Himalaya e de Vindhy, indo do mar oriental ao ocidental.

Trazendo, pois esses gloriosos Seres cada um a sua missão ao nosso planeta (e quem a este mundo vira sem trazer uma missão?) um deles teria sido o Compilador e organizador dos Vedas: as Escrituras dos indus e que constituem as mais antigas, as mais sagradas obras sãnscritas.

Como acima dissemos houve (segundo Helena Petrovna Blavatsky) diversos Manus conhecidos sob o nome de Vyãsa: um deles repetimos, foi o revelador dos Vedas, aquele que explana ... até certo ponto, um mistério para os profanos. Outro, que dizem ser o vigésimo oitavo Vyâsa, é o autor do Mahãbhãrata, famoso poema épico da Índia e possivelmente o mais extenso poema jamais escrito; encerra nada menos do que 220.000 versos divididos em 18 livros!
Outro Vyãsa houve, ou seja,o autor do Uttara Mimãnsã, o sexto sistema ou escola da filosofia índia, ofundador do sistema Vedãnta.

Longe vão os séculos e bem parcos são os dados que até aos nossos dias chegaram acerca de Seres tantos que em países vários e em diversas épocas entre os humanos têm passado trazendo centelhas da Verdade Única, ainda a ser desvelada...

Segundo alguns escritores, o autor do Uttara Mimãnsã teria vivido 1400 anos antes de Cristo, o Nazareno, data, ao que parece, um pouco recente. Falam os Purãnas apenas em vinte e oito Vyâsas que de tempos em tempos, segundo ordena a Lei, aqui vieram promulgar as ciências, ou melhor, a Sabedoria Védica; parece no entanto ter sido maior o número desses Manus. Quem o poderá ao certo saber? Tal como cumprem os astros suas trajetórias, assim tais Seres - sob nomes e aspectos diversos - suas trajetórias realizam em compassiva missão pela humanidade.

Entre todos eles, Krishna Dwaipâ yana parece ser o mais notável, dada a importância das obras que compilou, tais como o Mahãbhãrata e que narra fatos ocorridos durante a Dvãpara-yuga, Idade que precedeu a nossa, há uns 5.000 anos passados. São as lutas entre raças rivais (as eternas guerras na eterna ambição).

Vedãnta: Um sistema místico de filosofia que foi desenvolvido e promulgado por diversas gerações de sábios com o intuito de interpretar o secreto significado dos Upanishads ou seja a "penetração" dos Vedas segundo os métodos da Vedãnta.

Explicam os panditas hindus significar a palavra Upanichad " aquilo que destrói a ignorância, produzindo a liberação" do espírito.

. Não foi isto o que Jesus pregou quando, lá pelas terras da Galiléia, dizia aos seus discípulos: "Conhecereis a verdade e a verdade vos tornará livres. (João,VIII, 32).

E não nos foi também, aqui em nossa Obra, ensinada esta frase que, entre lutas tantas e bem duros embates, nos tem sido escudo e fanal:"Os Filhos da Luz caminham na Luz sem receio das trevas”.

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Sibila de Cumes

A Sibila de Cumes
... Conhecer o futuro... desvendar entre tantos e tantos caminhos que nos aponta o Destino, aquele que nos leve ã felicidade (eterno anseio do coração), aquele que nos conduza aos páramos divinos (anseio eterno da alma). Interrogar, pesquisar...

E desta humana, desta insaciável curiosidade, devem ter nascido, num remotíssimo passado, os oráculos que eram divulgados por diversos modos, por várias formalidades tais como jejuns e sacrifícios.

Contavam-se, então, em grande número os oráculos: o de Delphos, o de Claros, o de Didymo e, talvez o mais célebre, o de Cumes, regido, se assim podemos dizer, por uma grande Pitonisa.

Davam os gregos o titulo de Pitonisa ou Pythia a todas às mulheres às quais haviam os deuses outorgado o poder da adivinhação. Isto porque Apolo, filho de Júpiter e Latona,nasceu na ilha de Delfos, onde exterminou a serpente Python; foi com à pele do réptil que se recobriu o tripode sobre o qual se sentava a Pitonisa para desvendar os segredos do futuro.

Sibila é também, o nome dado às mulheres versadas na difícil, tão difícil arte de adivinhar, sendo à denominação aplicada a um grande número de profetisas. Como acima dissemos, é a eterna ansiedade humana neste caminhar pelas confusas terrenas sendas. E assim, vemos até hoje, neste crepúsculo de um fim de Ciclo "apodrecido e gasto", neste pobre mundo de tal modo estraçalhado e vivendo apenas da esperança de uma Nova Aurora que muito não tardara a raiar vemos, dizíamos, à mesma angustiosa busca de saber o amanhã, correndo homens e mulheres a consultar adivinhos e cartomantes que em nada - nada mesmo - se poderão assemelhar às Pitonisas, aos Magos ou Sibilas de antanho.

As Sibilas, pois, cujo nome em grego dórico significa "vontade de Júpiter", eram originariamente apenas sacerdotisas desse deus que é tido pelos poetas, o rei dos deuses e dos homens e que, lã do Olimpo, agita o universo com um simples mover de sua cabeça...

Mais tarde, porém, transformaram-se de simples sacerdotisas em famosas profetisas, e o dom da adivinhação espalhou-se pelos países distantes da Grécia.

Entre todas elas, Pythias ou Sibilas, a mais decantada até os nossos dias, à mais célebre, é à Sibila de Cumes (ligadas aliás ã Historia da nossa Obra), onde o deus da música, da poesia, da eloqüência, da medicina, das artes e dos augúrios, tem o seu trono. Num santuário que se ocultava em certo antro quase tão misterioso quanto o de Delfos, tinha ela o seu trípode. Formosa entre as formosas, rezam às lendas, a Sibila de Cumes após banhar-se numa fonte sagrada, jejuava durante três dias, mascando apenas folhas de loureiro. Terminados os ritos preparatórios, era ela conduzida pelos sacerdotes ao trípode junto ao qual chamas crepitavam. Então, entre transportes quase frenéticos, como que possuída por alguma divindade, desempenhava suas misteriosas funções: o desvendar do véu dos Tempos...

Uma vez proclamado o oráculo, tombava a jovem num sono profundo que podia durar dias e dias.

A escolha das Pitonisas ou SibiIas era feita pelos sacerdotes, igualmente encarregados de interpretar os oráculos.
Essas adivinhas deviam ter nascimento legitimo, possuir uma educação rudimentar, de hábitos singelos. Tudo quanto representasse artifícios e luxo feminino lhes era vedado. Geralmente escolhidas nas classes pobres, eram mantidas na ignorância das coisas mundanas, das humanas misérias.
Bastava que soubesse falar o suficiente para repetir o que ditava o oráculo.

Em 12 é contado o número de SibiIas que, através das eras e das épocas, vem a arte imortalizando. Na Catedral de Aix-en-Provence, por exemplo, ostenta-se gracioso grupo de Pythias; pelo "grave" fato de não terem sido... batizadas, colocadas estão no pórtíco externo daquela igreja. São vistas ainda nas esculturas dos batistérios na catedral de Autun e também em Auxerre.

Em Samos, profetizaram a descida â Terra de um deus desconhecido... A Sibila de Ionie falava em transe da miraculosa maternidade de uma virgem... Devido a esta última e outras profecias, à Igreja as admitiu ao Iado dos Profetas chegando até mesmo a introduzi-las num cântico litúrgico: o Dies Irac.

0 costume de consultar a Pythia, parece remontar aos tempos heróicos da Grécia.

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Obrigado,
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Sidharta Gautama O Budha

Sidharta Gautama - O Buda
Buda significa " o desperto". Sendo assim, o budismo é considerado um conjunto de ensinamentos que afirmam poder levar o ser humano ao seu despertar espiritual definitivo
Incontáveis textos tentam explicar o que é o budismo e, assim como este, não conseguem uma definição ideal. Na realidade, o caminho budista é uma experiência de vida e, por isso, os livros nunca podem dar uma resposta plenamente satisfatória. O budismo pode ser considerado uma filosofia de vida na qual existe um fundo religioso ou, também, uma religião com questões filosóficas sobre a vida.
Buda significa "o desperto". Sendo assim, o budismo é considerado um conjunto de ensinamentos que afirmam poder levar o ser humano ao seu despertar espiritual definitivo. Incontáveis textos tentam explicar o que é o budismo e, assim como este, não consegue uma definição ideal. Na realidade, o caminho budista é uma experiência de vida e, por isso, os livros nunca podem dar uma resposta plenamente satisfatória. 0 budismo pode ser considerado uma filosofia de vida na qual existe um fundo religioso ou, também, uma religião com questões filosóficas sobre a vida. Esta distinção entre filosofia e religião é menos clara nas tradições do pensamento oriental. Assim, é necessário que deixemos de lado por alguns momentos os conceitos que temos sobre o que é uma religião e o que é uma filosofia. Nascemos e vivemos a vida que nos é dada e, nela, seja melhor ou pior, surgirá sempre, em maior ou menor grau, um sentimento de insatisfação com as condições da existência, com o que se passa dentro ou fora de nós. Este sentimento é parte do que o budismo chama de "o sofrimento". Na medida em que este sentimento se torna mais forte, a pessoa pode se empenhar na busca de explicações e soluções para o problema. Ao fazer isso, estará se dedicando a conhecer sua parte espiritual e o fará, decerto, recorrendo a este caminho, com as idéias e recursos que acredita serem válidos e adequados. 0 budismo é um caminho do espírito como outros que têm surgido na humanidade. Baseia-se na experiência de Siddhartha Gautama, chamado de "Buda", um príncipe indiano nascido há pouco mais de 2500 anos, próximo à fronteira com o Nepal. Seu caminho o levou ao que ele chamou de "a felicidade absoluta e incondicional" e, desde então, outras pessoas se interessaram e seguiram as pegadas que Siddhartha deixou. Ao mesmo tempo, o budismo é um caminho para não irmos a lugar algum, sendo que devemos prioritariamente desenvolver nossa mente atual do que buscar acesso para novas realidades. Seu único objetivo é que cada ser possa desenvolver a felicidade ao máximo nesta vida. Este desenvolvimento de cotas cada vez mais altas de felicidade acabará incluindo os demais seres que fazem parte de sua realidade. Fundamentalmente, este é um caminho de experiência pessoal e não de crenças cegas, portanto, a dúvida é algo amistoso no budismo. Até mesmo quando você estiver lendo estas páginas, lembre-se de sempre manter este saudável espírito da dúvida. Esta breve introdução ao budismo foi feita levando-se em conta que existem coisas que cada pessoa deve entender à sua maneira e, sendo assim, há explicações que podem ter duplo sentido. Fundamentos A palavra budismo significa o conjunto dos ensinamentos de Siddhartha Gautama. Buda significa "o desperto". Sendo assim, o budismo é considerado um conjunto de ensinamentos que afirmam poder levar o ser humano ao seu despertar espiritual definitivo. Segundo a tradição, o príncipe Siddhartha levava uma vida plena de prazeres em seu palácio. Porém, ao decidir conhecer o mundo que havia fora dele, ficou profundamente chocado com a existência do sofrimento após ter contato com a enfermidade, a velhice e a morte. Isso o levou a renunciar à sua herança e a buscar uma vida ascética, a fim de encontrar uma solução para este problema ligado à existência do ser humano. Teve diferentes mestres e ascetas, que lhe ensinaram suas maneiras particulares de viver e meditar, e se entregou para diferentes práticas, sem, contudo, encontrar uma solução definitiva. A chamada "iluminação", meta a ser alcançada pelo praticante, significa a libertação do sofrimento e o encontro com a felicidade completa e incondicional... Até que, um dia, ele entendeu que havia um sutil caminho do meio, entre o asceticismo e a indulgência, que o levava a altos níveis de compreensão espiritual. Com esta idéia, sentou-se debaixo de uma árvore com a firme promessa de não sair dali enquanto não achasse a solução. Quando isto finalmente ocorreu, chegou ao seu despertar definitivo, à sua "iluminação". A partir daí, Siddhartha começaria a ensinar seu método e a ser conhecido como Buda, "aquele que é desperto". 0 método budista afirma a existência das "Quatro Nobres Verdades" de nossa vida, similar ao usado pela medicina da época.
As quatro nobres verdades

- A verdade da existência do sofrimento;
- A verdade de que o sofrimento tem uma causa: o desejo;
- A verdade de que, se eliminarmos essa causa, eliminamos o sofrimento;
- A verdade de que, para eliminarmos esta causa, existe o nobre Caminho Óctuplo.

Buda dizia ser um médico para a enfermidade do espírito e que seus ensinamentos eram uma medicina. Na verdade, realiza-se um diagnóstico, com o qual se faz necessário um tratamento, o "Nobre Caminho óctuplo".

Nobre Caminho Óctuplo


- Reta visão, reto entendimento;
- Reto pensamento;
- Reta palavra;
- Reta ação;
- Reto modo de subsistência;
- Reto esforço;
- Reta atenção;
- Reta concentração.
Os dois primeiros itens correspondem à sabedoria, o 3°, 4° e 5° itens estão ligados à moral e os três últimos relacionam-se à meditação.

Todos esses fatores são importantes para o caminho budista e, dependendo da escola, tradição e mestre, são enfatizados uns ou outros. 0 objetivo deste caminho é realizar, como Buda e outros mestres, o completo despertar espiritual, a "iluminação", o que significa a libertação do sofrimento e o encontro com a felicidade completa e incondicional.

Obrigado,
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SAI BABA

Em 23 de novembro de 1926, na pequena cidade de Puttaparthi, ao Sul da Índia, nasceu o "AVATAR DO AMOR", Bhaghavan Sri Sathya Sai Baba. Em sua infância, lhe foi dado o nome de Sathya Narayana Raju. Aos 14 anos assumiu a condição messiânica de AVATAR (Encarnação da Divindade) para conduzir a humanidade a transpor este período nebuloso de grande decadência moral, ética e espiritual. SAI BABA disse que seu nome tinha um significado: SAI – denota o aspecto feminino do universo, e BABA – o masculino. O nome completo demonstra o enlace dos dois. "Eu vim", diz SAI BABA, "porque os homens bons do mundo, os sábios, os sadhus e os sadhakas (aspirantes espirituais), e os piedosos suspiraram por mim. Regozijem-se os puros e retos. Tragam-me todo mal que há em vocês e deixem-no aqui e recebam de mim tudo o que tenho: AMOR".

BABA tem dito: "Deixem que existam todas as crenças, deixem que floresçam e que a Glória de Deus seja cantada em todas as línguas e variedades de tonalidades. Esse deve ser o ideal. Respeitem as diferenças entre as crenças e reconheçam-nas como válidas quando elas têm como princípio a chama da Unidade".

Seus maiores milagres são as vidas transformadas daqueles que vêm, muitas vezes com dúvidas e se vão com seus corações plenos de amor, e a resolução de viver uma vida mais alta, uma vida melhor. SAI BABA diz: "Meus milagres são meus cartões de apresentação. Dou às pessoas o que elas querem, para que mais tarde me dêem o que Eu quero: o seu amor a Deus".

Swami diz que a verdadeira meta da educação é colocar o estudante na senda da auto-confiança, auto-satisfação, auto-sacrifício e auto-realização e acabar com a ilusão de que a felicidade consiste na acumulação de dinheiro, conhecimento, comodidade ou fama. Sustenta que a felicidade é uma atitude mental que pode ser cultivada, e que não é afetada pela boa ou má sorte. O fim da educação é o caráter, assim como o conhecimento; é o caráter que conduzirá vocês pelo caminho espiritual. Eu ensino a verdade numa linguagem que todos possam entender: Verdade, Retidão, Paz, Amor e Não-Violência, são a base da existência da nova sociedade que Eu vim para estabelecer em todo mundo. Todos vocês, hoje, podem ser parte neste plano divino. Só depende de vocês dar este grande passo nesta direção, ou continuar na ignorância, onde muitas pessoas desperdiçam suas vidas percorrendo caminhos motivados por todo tipo de desejo, que conduzam à avareza, inveja, ódio e outros estágios negativos. Neste tipo de vida, o homem permanece cheio do ego, pensando somente em si, nos seus interesses pessoais e prazeres. Ponham de lado esses pensamentos e dêem esse grande passo à frente, a partir de hoje, livrando-se da ignorância, de volta à luz. Iniciem no caminho espiritual, o qual os levará de volta a verdadeira felicidade e compreensão. Todo conhecimento espiritual, um novo despertar irá surgir, e a Luz irá brilhar de dentro para fora. Esta luz é a Centelha de Deus que mora dentro do coração de cada um de vocês. O amor é a origem dessa centelha; o amor é a força motivadora da vida. Nenhum de vocês pode se dizer um mestre até ter purificado sua própria alma. Esta é a primeira lição para qualquer pessoa. Então, estudem os ensinamentos que ofereço. Se vocês colocarem estes ensinamentos em prática vocês poderão se tornar, certamente, professores qualificados para ensinar outros menos afortunados que vocês neste mundo tão conturbado. Eu estou sempre aqui, observando e esperando. Eu estou pronto para ajudar quando vocês me chamarem do fundo do coração.
Qual o objetivo mais elevado do homem? Qual é o seu ideal mais precioso? Os Vedas declaram que não há guia superior à Verdade. Esta mansão chamada Universo tem como base a Verdade. Conceda à Verdade o primeiro lugar no seu Pensamento, Palavra e Ação. O homem deve alcançar o estado de Deus. Desenvolvam a Verdade, Cultivem o Amor. Firmem-se na Paz e vocês estarão no caminho que leva à Deus. Sejam como a água, para que vocês possam se incorporar à água. Assim sendo, desenvolvam características divinas. Vocês agora estão entregues aos cuidados de Deus, mas vocês não percebem isto. Este lenço que tenho na mão, se minha mão não o segura, ele cai. Assim também, se Deus não os segura, vocês caem. Tudo o que vocês fazem, onde quer que se encontrem, creiam que Deus ali os colocou para aquele trabalho. Então isto se torna educativo, e uma prática espiritual. Aceitem com alegria o trabalho que lhes foi destinado e executem-no da melhor maneira possível para a maior Glória de Deus. Não dediquem suas vidas para os bens materiais, dediquem-se ao bem de Deus. Boas companhias, boas ações, bons pensamentos – estes são de grande ajuda. Todos os dias, com cada ato, com cada pensamento e cada palavra, vocês devem se aproximar mais e mais de Deus. Isso lhes trará a mais elevada bem-aventurança. Isso lhes conferirá a verdadeira libertação. Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará. Nenhuma vida pode ser vivida em total desafio à Verdade: vocês devem fazer questão da Verdade e dizê-la a fim de que a vida valha a pena ser vivida. Este momento em que a Verdade é pronunciada é o momento de Deus. A vontade de progredir, de servir, de expandir o próprio coração, de abraçar toda a humanidade com amor, ver tudo e a todos como forma da consciência divina, é amor verdadeiro.

Todos os caminho conduzem à Deus. Uma das formas para entrar em contato com Swami é através de uma carta, onde expressamos todos os nossos desejos e súplicas, esclarecimentos e orientações para nossas vidas. Sempre receberemos a resposta, mesmo que não seja da forma escrita. BABA, diz: "Chama-me com o nome que seu coração sinta mais doçura e lhes acudirei, porque sou todos os nomes e todas as formas. Para cada passo que dêem até Mim, Eu darei dez passos até vocês. Que pai não socorre os filhos?"

Endereço de Sai Baba na Índia: SRI SATHYA SAI BABA – Prasanthi Nilayam – Anantapur District – Andra Pradeshi South India – 515 134

Obrigado SAI BABA,
por nos permitir a opo

Ramakrishna

Dentre todos os países do mundo, foi incontestavelmente a Índia aquele que produziu o maior número de Mestres espirituais da humanidade. Desde os tempos legendários do RISHI Ikchvâku, que iniciou a dinastia real dos SURYAVANZAS em Aiodhya até os dias atuais da Kaliyuga, a tranqüila terra hindu foi sempre uma sementeira fértil de sadus, sidas, budas, ioguis e avataras - uma fonte pródiga de espiritualidade e de sabedoria capaz de abastecer o mundo inteiro.

Ali se encontra talvez o único povo do mundo que jamais saiu de suas fronteiras geográficas para agredir outra nação, um povo que desde a sua mais remota antiguidade vem se dedicando, com zelo especial, a observação e ao estudo da Metafísica, criando uma civilização de alta qualidade espiritual, inspirada nos princípios eternos da SANÃTANA-DHARMA, que ê a Sabedoria Divina revelada nos Vedas, no Mânava-Dharma-Sastra, nos Puranas, no Ramayana, no Mahâbhârata e outros Livros Sagrados; uma civilização cuja copiosa expressão filosófica se encontra objetivada nas seis DARSHANAS, na filosofia Vaizechika, na Niãya, na Purva-Mimãnsâ, na Sãnkya, na Ioga e na Vedanta. Em nenhum outro lugar do mundo o Mestre espiritual é mais respeitado e mais amado, porque, segundo os seus Livros Sagrados, o Guru representa na terra o próprio Deus, "0 Guru é Bramâ, o Guru é Vishnu, o Guru é o divino Mahesvahra".

Essa preocupação pelas coisas do Espírito se desenvolveu com tal afinco na Índia, que de certo modo chegou a perder perigosamente de vista o exato valor do aspecto temporal da existência, e, dessa atitude de renúncia e de desapego ao mundo, resultaram finalmente danosas conseqüências políticas para o País, porque até certo ponto impediu o desenvolvimento de seu espírito nacional e de sua organização social, permitindo que outros países ambiciosos e imperialistas o subjugassem peias armas e espoliassem as suas riquezas naturais durante muitos anos.

No Ocidente, contrariamente, a excessiva preocupação pelas coisas materiais permitiu que as nações alcançassem, em pouco tempo, um alto padrão de desenvolvimento político e cultural, sempre em detrimento dos valores espirituais da Civilização , descambando finalmente para o materialismo mais grosseiro. E assim foi que de um lado as nações orientais desenvolveram principalmente o aspecto espiritual da Civilização, dando nascimento as mais importantes religiões que hoje existem no mundo - o Bramanismo, o Budismo, o Judaísmo, o, Cristianismo, o Islamismo, etc; e de outro lado, as nações ocidentais desenvolveram principalmente o aspecto temporal, legando à Humanidade os conhecimentos científicos, as invenções, as indústrias e as conquistas políticas, que lhe permitirão no futuro resolver satisfatoriamente os problemas sociais do mundo, assegurando aos homens as condições de prosperidade, justiça e paz necessárias para que possam viver e evoluir harmoniosamente.

No princípio do século XIX, a Índia atravessava uma fase crítica de grande decadência espiritual,que provinha tanto de seu próprio estado de subdesenvolvimento econômico e de dependência política, quanto da influência materialista da cultura ocidental que lá se firmava rapidamente sob o domínio inglês. A juventude, educada sob a orientação de professores europeus, parecia dia a dia mais inclinada a adotar definitivamente o modo de vida ocidental, e era induzida a desprezar os ideais tradicionais da civilização hindu, como se fossem meras manifestações de subdesenvolvimento intelectual, de misticismo supersticioso, de idolatria e de politeísmo. Desse modo, o processo histórico de fusão cultural do Oriente com o Ocidente, que começara na época dos grandes Descobrimentos portugueses e se intensificara com a ocupação da Índia pelos ingleses, desenvolvia-se, naquele tempo, com uma perigosa distorção de perspectivas, dentro da qual a preocupação da prosperidade material, da riqueza econômica e do prazer mundano ameaçava sobrepor-se a qualquer outro ideal, abalando fundamentalmente o próprio fulcro espiritual sob o qual nascera e onde se conservava há milênios toda a civilização hindu. Esse movimento revolucionário se verificava principalmente em Calcutá, que era então a capital do Pais, e onde havia grandes estabelecimentos de ensino, inclusive universidades, e onde naturalmente o intercambio cultural com o Ocidente era mais direto e mais intenso,

Rama

Rama - O condutor dos Ários
A Missão de Ram. Quatro ou cinco mil anos antes nossa era, a antiga Cítia, que se estendia do Oceano Atlântico aos mares polares, era ainda uma espessa floresta. Os negros haviam denominado esse continente de "a terra emergida das ondas".

Não se ouvia senão o grito dos veados e dos cabritos, o mugido dos búfalos e o galopar de enormes rebanhos de cavalos selvagens. 0 homem branco que habitava tais florestas era mais o homem das cavernas. Inventara as facas e os machados de sílex, o arco e a flecha, a funda e o laço; descobrira dois companheiros de luta dois amigos dedicados: o cão e o cavalo.

0 cão domesticado guarda fiel de sua casa de madeira, garantia-lhe a segurança do lar. Dominando o cavalo, havia conquistado a terra e submetidos os outros animais. Havia começado a civilização: a família rudimentar, o clã, a tribo, já existiam. Os citas erigiram, aos seus maiores, monstruosas pedras tumulares.

Quando morria um chefe, enterravam com ele as suas armas e o seu cavalo, a fim, diziam, de que o guerreiro pudesse cavalgar as nuvens e caçar. lá no outro mundo,o dragão de fogo.

Daí, o costume de sacrificarem os cavalos, que representavam um grande papel entre os Vedas e os escandinavos. A religião começava, assim, pelo culto dos antepassados. Os citas encontraram os deuses no fundo dos bosques. É por isso que a floresta se conservou sempre querida da raça branca.

Desde os tempos mais afastados, que as mulheres profetizavam sob as arvores. Cada tribo possuía a sua profetiza. Essas mulheres, porém, Inspiradas a principio, tornaram-se, com o correr do tempo, ambiciosas e cruéis. De profetizas transformaram-se em mágicas. Instituíram os sacrifícios humanos e o sangue correu, ao som dos cantos dos sacerdotes. Entre estes, encontrava-se um homem, na flor da idade, de nome Ram, que se destinava ao sacerdócio, mas cujo espírito se revoltava contra esse culto sanguinário. 0 moço druida (1) era doce e grave. Desde muito novo começava a revelar aptidão singular para o conhecimento das plantas, da virtude dos sucos com elas preparados, assim como para o estudo dos astros e suas influencias. Parecia adivinhar, ver as coisas longe, daí a sua autoridade precoce sobre os druidas mais velhos. Emanava da sua palavra, de todo o seu ser, uma grandeza benévola. A sua sabedoria contrastava com a loucura das druidisas, que proferiam os seus nefastos oráculos nas convulsões do delírio Os druidas haviam-no chamado - "o que sabe" e o povo - "o inspirado da paz". Ram, que aspirava ã ciência divina, viajara por toda a Cítia e países do Sul.

Seduzidos pelo seu saber e pela sua modéstia, os sacerdotes iniciaram-no em parte dos seus conhecimentos secretos. Voltando ao Norte do seu pais, Ram se assusta ao ver como, entre os seus, se introduz o culto dos sacrifícios humanos. Compreendeu que estava ali a perdição da sua raça. Mas, como combater esse costume propagado pelo orgulho das druidisas, pela ambição dos druidas e pela superstição do povo? É quando um flagelo cai sobre os brancos e Ram julga ver nele um castigo do céu pelo culto sacrílego. Tinham adquirido uma espécie de peste. Essa enfermidade corrompia o homem pelo sangue. 0 corpo inteiro se cobria de manchas negras, o hálito se tornava infecto, os membros inchados e cobertos de chagas se deformavam e o doente expirava entre dores atrozes.

Propagado o flagelo, tombavam aos milhares. Ram, aflito, procurava embalde um meio de salvação.

Tinha ele o hábito de meditar de baixo de um carvalho, numa clareira. Uma tarde, em que refletia sobre os males de sua raça, adormeceu sob a árvore. Durante o sono, pareceu-lhe que uma voz forte o chamava pelo nome e teve a impressão de despertar.
Então, vê diante de si um homem de estatura majestosa, vestido como ele próprio, da túnica branca dos druidas, trazendo na mão uma vara em torno da qual se enroscava uma serpente. Antes que Ram, perturbado, lhe perguntasse quem era e o que queria, o desconhecido, puxando-o pela mão, o obriga a levantar-se e mostra na árvore, sob que se havia deitado, um belíssimo ramo de visco (2). (1) - Sacerdote entre os gauleses e bretões (fem. druidisa). (2) – Planta parasita que nasce nos ramos de certas árvores, como o carvalho, a parreira, etc... ao gui dos franceses, atribuíam os druidas grandes virtudes. Em toda a França e no Reino Unido, ainda hoje o visco é a planta simbólica do Natal.

Platão

Em todas as épocas e em todos os povos, aparece um ser que se sobressai entre os demais, portador de uma nova orientação filosófica, com que marca o apogeu e a história da civilização em que viveu.

Este ser, que se torna um homem respeitado e seguido pelo seu povo, nada mais é do que um elemento divino, oriundo de uma estirpe superior, que traz a forca da sua ascendência para incutir diretamente e no âmbito da sua influencia a ideais mais nobres e mais evoluídos, como que difundindo comportamento de grau mais elevado, visando à evolução humana.

Nem sempre tais seres de hierarquia superior aparecem aos olhos de todos como figura de destaque ou de projeção social. Muitos ao contrário, traçam para si posição humilde sempre baseada nas próprias convicções da sua doutrina, considerando sem importância os valores e as vantagens da vida material. “O meu reino não é deste mundo", disse Jesus o Cristo.

Pela coragem e firmeza da sua orientação, conseguem formar redutos inexpugnáveis que, embora pequenos e de limitada atuação no início, transformam-se depois do seu desaparecimento, numa fonte de sabedoria que se irradia através dos séculos e se espalha entre milhares e milhões de criaturas. É uma chama que se acende para a eternidade.

Nesta classe de seres divinos e com missão divina para orientar povos não podemos deixar de incluir o célebre Platão, que viveu de 429-347 a.C..Ele foi um verdadeiro iniciado nos conhecimentos da humanidade, dos seus mistérios, da origem e do objetivo da vida.

Foi um ser de rara envergadura.
Trouxe uma característica nova para a cultura da sua época, abordando todos os assuntos do comportamento humano e social, que ainda hoje são discutidos e ensinados.As suas idéias serviram de base para a formação de muitas escolas filosóficas, inclusive de grandes doutores da Igreja Católica como Santo Agostinho, e os seus originais ensinamentos repercutem no conhecimento moderno da filosofia e psicologia.

Quando vemos Platão falar da alma e dos sonhos, até parece que estamos estudando autores dos nossos dias, como Freud ou Jung, já agora com todas as minúcias que a ciência da psicanálise nos pode oferecer, beneficiada pela espiral evolucional do homem.

Neste particular, sentimos que Platão foi precursor de tão sublimes estudos, mas que só puderam ser esquematizados analiticamente 2.000 anos depois, porque entendemos que a sociedade do tempo de Platão não compreenderia nem assimilaria conhecimento mais profundo. Cada época aceita uma tonica da sabedoria e não adianta insistir em transmitir mais do que o necessário: "Não atireis pérolas aos porcos" disse Jesus, 0 Cristo.

Lembramos que, mesmo na época de Freud (1856-1939), não foi fácil implantar a psicanálise. Como não foi fácil a Galileu (1564-1642) proclamar que o Sol era o centro do sistema planetário.

Nasceu Platão na época em que começava o declínio de mundo grego. Segundo Edouard Schurë, a Grécia, como todas as coisas, teve o seu alvorecer, o seu meio-dia e o seu crepúsculo. É essa a lei dos dias, dos homens, dos povos, das terras e dos céus.

E Orfeu seria o iniciado da Aurora; Pitágoras, do Meio-Dia; e Platão, do Entardecer, de que resultou uma alvorada nova para a humanidade.

0 ano em que Platão nasceu foi o da morte de Péricles, o maior estadista grego que governou a Grécia no período áureo da civilização helênica, quando se lhe registram sucessos em todos os ramos de atividade, na cultura, nas artes, nos esportes, na guerra e no comércio. Povo algum atingira tão elevado grau de desenvolvimento. Era a Grécia o centro da civilização do mundo, e Atenas a sua principal cidade.

A administração de Péricles, por sua vez, foi tão célebre que deu ao século o seu nome: é o "Século de Péricles", como ficou sendo conhecida aquela fase brilhante da história grega.

Mas, já no final do governo de Péricles, Atenas estava ameaçada na sua integridade pela primeira guerra contra Esparta. Péricles foi o mais ardoroso baluarte da defesa. Construiu-se um túmulo monumental para jazigo dos restos mortais dos guerreiros que lutaram pela pãtria. E Péricles, na presença do povo que fora convocado para os funerais, pronunciou um dos mais belos discursos da história da antiguidade: “ O túmulo dos heróis é o universo inteiro e não se apóia em colunas carregadas de inscrições faustosas”.

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Pitágoras

A VIDA E FILOSOFIA DE PITAGORAS
Mnesarco e sua esposa, Partênis, estando na cidade de Delfos, para tratar de assuntos mercantis, decidiram consultar o Oráculo, para saberem se os fatos eram favoráveis ao seu retorno à Síria.
Quando Pitonisa (profetisa de Apolo), sentando-se no tripóide de ouro, sobre a abertura do oráculo, não respondeu ã pergunta que eles tinham formulado, mas disse a Mnesarco que sua esposa daria ã luz uma criança do sexo masculino, a qual estava destinada a sobrepujar a todos os homens em sabedoria e beleza, e que, através do curso da vida, contribuiria muito para o benefício da humanidade, ficou Mnesarco bastante impressionado pela preferência, que mudou o nome de sua esposa para Pitasis, em honra ã sacerdotisa pítica.

Quando a criança nasceu, na Ilha de Samos, em Siridon, na Síria,entre 600 e 590 A.C., era ela, como o oráculo tinha previsto, um menino. Mnesarco e Pitasis deram à criança o nome de Pitágoras, pois acreditavam ser ela predestinada pelo oráculo. Muitas lendas estranhas foram *reservadas sobre o nascimento de Pitágoras. Afirmavam alguns, que ele era um homem imortal; acreditavam outros, que era um dos Deuses que tinha tomado a forma humana, para que essa o permitisse vir ao mundo e instruir a raça dos homens. Pitágoras foi um dos muitos sábios e salvadores da antiguidade, aos quais uma concepção imaculada é atribuída.

Cita Godfrey Higgins, em seu 'anacalipse":
"A primeira circunstancia notável na historia de Pitágoras e de Jesus é que eles são naturais do mesmo pais; o primeiro, tendo nascido em Sidon e o segundo, em Belém, ambos na Síria. 0 pai de Pitágoras, assim como o pai de Jesus, foi informado profeticamente, que suas esposas dariam à luz um filho, que seria benfeitor da humanidade. Ambos nasceram quando suas mães estavam fora de casa, em viagem: José e sua esposa, tendo ido a Belém, e os pais de Pitágoras, tendo viajado, de Samos para Sidon por causa de seus assuntos mercantis. Pitasis, a mãe de Pitágoras, teve uma ligação com o espectro apoloniano ou fantasma do Deus Apolo (naturalmente deve ele ter sido um fantasma sagrado e aqui nós temos o Espírito Santo), que apõs apareceu a seu marido e lhe disse que não deveria ter ligações com sua esposa durante a gestação da mesma - uma história evidentemente análoga àquela relativa a José e Maria. A partir destas circunstancias peculiares, Pitágoras foi conhecido pelo mesmo título de Jesus, isto é, "Filho de Deus". A multidão supunha que ele estava sob inspiração Divina.

Nasceu Pitágoras, num dia entre 600 e 590 A.C. e viveu, aproximadamente, cem anos.

Os ensinamentos de Pitãgoras revelam que estavam inteiramente versa dos nos preceitos dos esoterismos o riental e ocidental. Viajou entre os judeus e foi instruído pelos rabinos. Foi iniciado nos Mistérios Egípcios, Babilónicos e Caldaicos,em bora existam suposições de que ele foi discípulo de Zoroastro. Após ter aprendido tudo aquilo que era possível saber dos filõsofos gregos e de, provãvelmente,tornar-se um iniciado nos Mistérios Eleusianos, Pitãgoras viajou ao Egito, e apõs muitas recusas e lutas, obteve final mente sucesso em assegurar a inicia ção nos Mistérios de Isis,nas mãos dos sacerdotes de Tebas.Viajou, posteriormente, para a Fenícia e Síria, onde lhe foram conferidos os Mistérios de Adónis, e cruzando o Vale do Eufrates, deteve-se o suficiente para tornar-se versado na doutrina secreta dos caldeus. Finalmente, fez sua maior e mais histórica aventura, através da Média e da Pérsia, onde permaneceu como a luno e iniciado nos Cultos brãmanes de "Elefanta e Flora". Pitãgoras foi o primeiro homem a chamar a si mesmo de Filosofo. Antes desta ocasião, os homens cultos deno minavam-se sábios, gue era interpretado como sendo a neles que sabem.Pi tãgoras era mais modesto, orlando ã palavra filosofo, a que ele mesmo de finiu como alguém que está tentando descobrir. Depois de retornar de sua peregrinação, Pitãgoras estabeleceu uma escola, que tem sido às vezes chama da de Universidade, em Crõtona,colõnia dõrica, no sudeste da Itália. Na sua chegada a Crõtona, foi ele olhado com desprezo, sendo procurado pos teriormente por aqueles que ocupavam importantes posições nas colónias vi zinhas, para conselhos em assuntos de grande importãncia. Reunia ele,em tõrno de si, um grupo de discípulos

Obrigado, por nos permitir Divulgar parte desta existencia tão maravilhosa.

14 janeiro 2009

PESTALOZZI

João Pestalozzi nasceu em Zurique, Suíça, em 1746 e faleceu em 1827. Exerceu grande influência no pensamento educacional e foi um grande adepto da educação pública.

Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda criança ter plenamente desenvolvidos os poderes dados por Deus. Seu entusiasmo obrigou governantes a se interessarem pela educação das crianças das classes desfavorecidas. Podemos dizer que ele psicologizou a educação, pois quando ainda não havia a estruturação de uma ciência psicológica e embora seus conhecimentos da natureza da mente humana fossem vagos, viu claramente que uma teoria e prática corretas de educação deviam ser baseada em tal tipo de conhecimentos.

Em 1782, em seu primeiro livro: Leonardo e Gertrudes, expressa suas idéias educacionais, mas, a obra não foi considerada como um tratado educativo pelas figuras importantes da época.

Pestalozzi decide ser mestre-escola, e vai então, em sua escola, procurar aplicar suas idéias educacionais. Para ele a escola deveria aproximar-se de uma casa bem organizada, pois o lar era a melhor instituição de educação, base para a formação moral, política e religiosa.

Em sua escola, mestres e alunos ( meninos e adolescentes ) permaneciam juntos o dia todo, dormindo em quartos comuns.

Organização da escola:
- as turmas eram formadas com os menores de oito anos, com os alunos entre oito e onze anos e outra turma com idades de onze a dezoito anos.
- as atividades escolares duravam das 8:00 as 17:00 horas e eram desenvolvidas de modo flexível; os alunos rezavam, tomavam banho, faziam o desjejum, faziam as primeiras lições, havendo um curto intervalo entre elas.
- duas tardes por semana eram livres, e os alunos realizavam excursões.
- os problemas disciplinares eram discutidos à noite; ele condenava a coerção, as recompensas e punições.

Situação educacional vigente enquanto Pestalozzi introduzia suas reformas educacionais:
A igreja controlava praticamente todas as escolas e não havia preocupações com a melhoria da qualidade; as classes privilegiadas desprezavam o povo, os professores não possuíam habilitação, existiam pouquíssimos prédios escolares e a ênfase educacional era dada à memória. A revolução suíça ocorrida em 1799 havia liberado a classe desfavorecida e, segundo Pestalozzi, somente a educação poderia contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo.

Princípios Educacionais e Contribuições de Pestalozzi
- o desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se desenvolve por leis definidas; a gradação deve ser respeitada; o método deve seguir a natureza; a impressão sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa; o professor é comparado ao jardineiro que providência as condições propícias para o crescimento das plantas.
- crença na educação como o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social.
- fundamentação da educação no desenvolvimento orgânico mais que na transmissão de idéias memorizáveis.
- a educação começa com a percepção de objetos concretos e conseqüentemente com a realização de ações concretas e a experimentação de respostas emocionais reais.
- o desenvolvimento é uma aquisição gradativa, cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo.
- conceituação de disciplina baseada na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor.
- introdução de novos recursos metodológicos.
- deu impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência.

Pestallozzi e sua equipe elaboram materiais pedagógicos, voltados a linguagem, Matemática, ciências, geografia, história e música. E assim, ele afirma:
(Apud: SEE-RJ) – http://www.riojaneiro.rj.gov.br/rio.html)

"A Educação se constrói numa tensão permanente entre os desejos do homem natural individual e o desenvolvimento da natureza humana universal. A educação produzirá a universalidade a partir das particularidades e da mesma forma a particularidade a partir da universalidade".

Vera Lúcia Camara F. Zacharias é mestra em educação, pedagoga, diretora de escola aposentada, com vasta experiência na área educacional em geral, e, em especial na implantação de Cursos Técnicos de Nível Médio e pós-médio, assessoria e capacitação de profissionais para a utilização de novas tecnologias aplicadas à educação e alfabetização.

Saiba mais sobre Pestalozzi e sua contribuição para a Pedagogia. Pesquise em :
http://www.rio.rj.gov.br/multirio/

PESTALOZZI E OS FUNDAMENTOS PSICOLÓGICOS DA EDUCAÇÃO
Cristiane Valéria Furtado do Nascimento
Márcia Andréa Soares de Moraes
Alunas do 2o período do curso de Pedagogia das Faculdades Integradas Simonsen

Seu nome é João Pestalozzi, nasceu em Zurique, Suíça, em 1746. Faleceu em 1827. Influenciou profundamente a educação; ele fez uma grande adaptação na educação pública.
Leu o Emílio, de Rousseau, quando era estudante.
Ficou com o sentimento de que a educação podia elevar os homens.
Ninguém acreditou mais que Pestalozzi no poder da educação para aperfeiçoar o indivíduo e a sociedade com o seu entusiasmo, influenciou reis e governantes a pensarem na educação do povo.
Em 1782, expressou as usas idéias no seu primeiro livro: Leonardo e Gertrudes;
que retrata uma pobre e mesquinha aldeia suíça.
Gertrudes, moradora de uma aldeia, atua com os seus filhos e os vizinhos nas artes domésticas, industriais, leitura, escrita, aritmética e outros estudos. Importantes figuras da época leram Leonardo e Gertrudes, mas não o consideraram como um tratado educacional.
Em 1792, Pestalozzi escreve o seu livro mais erudito: Minhas investigações sobre o curso da Natureza no desenvolvimento da raça humana. A obra é recebida sem entusiasmo. Pestalozzi decide ser mestre-escola. E parte para um trabalho na sua escola. O lar era para ele a melhor instituição de educação, base para a formação política, moral e religiosa. E a instituição educacional deveria se aproximar de uma casa bem organizada.
Na instituição de Pestalozzi, que contava com meninos e jovens, mestres e alunos permaneciam juntos o dia inteiro, dormindo em quartos comuns. O dia escolar era intenso e variado: rezavam, tomavam banho e faziam o desjejum, faziam as primeiras lições, havendo sempre um curto intervalo entre as mesmas. Almoçavam, brincavam e recomeçavam as aulas. Das 8 às 17 horas, as atividades,
organizadas, eram desenvolvidas de maneira flexível. Duas tardes por semana eram livres ou os alunos faziam excursões. A organização da escola era simples, sendo que ficavam numa turma os que tinham menos de oito anos; e em outra, a classe inferior, ficavam os meninos de oito a onze anos e na superior, os de onze a dezoito anos.
Pestalozzi condenava a punição, as recompensas e punições. Problemas disciplinares eram discutidos, à noite.
Enquanto Pestalozzi introduzia tantas reformas educacionais, a Igreja, que controlava todas as escolas na época, não se preocupava em melhorar o seu padrão de qualidade. A situação que reinava era a seguinte: dava-se à memória um enorme valor, os professores não possuíam habilitação, as classes privilegiadas desprezavam o povo;
os prédios escolares eram pouquíssimos.
A prática pedagógica de Pestalozzi sempre valorizou o ideal do educador, isto é, a educação poderia mudar a terrível condição de vida do povo.
A revolução suíça (1799) havia liberado a classe desprotegida e, segundo Pestalozzi, somente a educação poderá contribuir para que o povo conservasse os direitos conquistados.
Para Pestalozzi, o desenvolvimento é orgânico, sendo que a criança se desenvolve por leis definidas; os poderes infantis brotam de dentro para fora; os poderes inatos, uma vez despertados, lutam para se desenvolver até a maturidade; a gradação deve ser respeitada;
o método deve seguir a natureza; o professor é comparado ao jardineiro que providencia as condições para a planta crescer; a educação sensorial é fundamental e os sentidos devem estar em contato direto com os objetos; a mente é ativa.
Frederick Eby resume com clareza os princípios educacionais de Pestalozzi, relacionados a seguir:
"1) Pestalozzi tinha uma fé indomável e contagiante na educação com o meio supremo para o aperfeiçoamento individual e social. Seu entusiasmo obrigou reis e governantes a se interessarem pela educação das crianças dos casebres. Democratizou a educação, proclamando ser o direito absoluto de toda criança ter plenamente desenvolvidos os poderes que Deus lhe havia dado.
2) Psicologizou a educação. Quando não havia ciência psicológica digna desse nome, e embora ele próprio tivesse apenas as mais vagas noções sobre a natureza da mente humana, Pestalozzi viu claramente que uma teoria e uma prática corretas de educação deviam ser baseadas numa tal ciência.
3) Foi o primeiro a tentar fundamentar a educação no desenvolvimento orgânico mais que a transmissão de idéias.
4) Pesquisou as leis fundamentais do desenvolvimento.
5) A educação começa com a percepção de objetos concretos, o desempenho de ações concretas e experiência de respostas emocionais reais (...).
6) O desenvolvimento é uma aquisição gradativa de poder. Cada forma de instrução deve progredir de modo lento e gradativo.
7) A religião é mais profunda do que dogmas, ou credos, ou a memorização do catecismo ou das Escrituras. Pestalozzi exigia que os sentimentos religiosos fossem despertados antes que palavras ou símbolos viessem a ser levados à criança.
8) Vários recursos metodológicos novos devem sua origem a Pestalozzi. Empregava as letras do alfabeto presas a cartões e introduziu lousas e lápis. A inovação mais importante foi a da instrução simultânea, ou em classe. Isso não era novo, mas não havia sido posto em prática de um modo generalizado.
9) Pestalozzi revolucionou a disciplina, baseando-a na boa vontade recíproca e na cooperação entre aluno e professor.
10) Deu novo impulso à formação de professores e ao estudo da educação como uma ciência".

Texto reproduzido com autorização das alunas
Cristiane Valéria Furtado do Nascimento
e Márcia Andréa Soares de Moraes
OUTRO SITE SOBRE PESTALOZZI:
Grandes Mestres da Educação - Vera Zacharias, São Paulo

Pestalozzi
(1746-1827)
Johann Heinrich Pestalozzi, educador suiço, mestre de Kardec e precursor da Doutrina Espírita, cuja obra e ação pedagógicas são uma das melhores inspirações para qualquer educador sincero. Sua obra literária completa, em alemão, conta 40 volumes.
Seu mérito principal foi o de afirmar e analisar a base afetiva da Educação, de forma mais explícita e conseqüente que outros pedagogos.
Não foi apenas um educador de crianças, mas um pedagogo universal.
Fonte: A Educação Segundo o Espiritismo, de Dora Incontri, Ed. Comenius.
Obrigado, por nos permitir Divulgar parte desta existencia tão maravilhosa.

OSWALDO CRUZ

Osvaldo Gonçalves Cruz

Oswaldo Gonçalves Cruz nasceu em 5 de agosto de 1872 em São Luís de Paraitinga, São Paulo, filho do médio Bento Gonçalves Cruz e de Amália Bulhões Cruz. Ainda criança, mudou-se para o Rio de Janeiro. Aos 15 anos, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e, em 1892, formou-se doutor em Medicina com a tese A veicularão Microbiana pelas Águas. Quatro anos depois, realizou seu grande sonho: especializar-se em Bacteriologia no Instituto Pasteur de Paris, que reunia os grandes nomes da ciência na época.

Ao voltar da Europa, Oswaldo Cruz encontrou o porto de Santos assolado por violenta epidemia de peste bubônica e logo se engajou no combate à doença. Face à ameaça da peste chegar ao Rio de Janeiro, foi criado, a 25 de maio de 1900, o Instituto Soroterápico Federal, com o objetivo de fabricar o soro antipestoso. Como diretor geral, o Barão de Pedro Afonso, e diretor técnico o jovem bacteriologista. Em 1902, assumiu a direção geral do novo Instituto, que ampliou suas atividades, não mais restringindo-se à fabricação de soros, mas dedicando-se também à pesquisa básica e aplicada e à formação de recursos humanos.

As campanhas sanitárias No ano seguinte, foi nomeado Diretor-Geral de Saúde Pública, cargo que corresponde atualmente ao de Ministro da Saúde. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como base de apoio técnico-científico, deflagrou suas memoráveis campanhas de saneamento. Seu primeiro adversário: a febre amarela, que angariara para o Rio a reputação de túmulo dos estrangeiros e que matou, de 1897 a 1906, quatro mil imigrantes. Oswaldo Cruz estruturou a campanha contra a febre amarela em moldes militares, dividindo a cidade em 10 distritos sanitários, cada qual chefiado por um delegado de Saúde. Seu primeiro passo foi extinguir a dualidade na direção dos serviços de Higiene. Para isso, estabeleceu-se uma conjugação de esforços entre os setores federais e a Prefeitura, com a incorporação à Diretoria Geral de Saúde Pública do pessoal médico e de limpeza pública da municipalidade. A polícia sanitária estabelecia medidas rigorosas para o combate ao mal amarílico, inclusive multando e intimando proprietários de imóveis insalubres a demoli-los ou reformá-los. As brigadas mata-mosquitos percorriam a cidade, limpando calhas e telhados, exigindo providências para proteção de caixas d'água, colocando petróleo em ralos e bueiros e acabando com depósitos de larvas e mosquitos. Nas áreas de foco, expurgavam as casas, pela queima de enxofre e piretro e providenciavam o isolamento domiciliar dos doentes ou sua remoção para o Hospital São Sebastião. Oswaldo baseou o combate à febre amarela no recente êxito da campanha realizada pelos americanos em Havana e em algumas experiências realizadas no Brasil, que comprovavam o acerto da teoria do médico cubano Carlos Finlay de que o transmissor da doença era um mosquito: o Aedes aegypti, na época conhecido como Stegomyia fasciata ou Culex aegypti.

Numa época em que ainda se acreditava que a maior parte das doenças era provocada pelos ares pestilenciais, a idéia de "se pagar a rapagões para caçar mosquitos", como dizia uma revista de então, só poderia provocar o riso. O jovem pesquisador bem que tentou alterar a opinião pública, fazendo publicar seus Conselhos ao Povo, uma série de folhetos educativos. Mas enfrentava a oposição de grande parte da classe médica, que não acreditava na teoria de Finlay. Oswaldo não foi poupado: charges diárias na imprensa, canções com letras maliciosas, quadrinhas... Mas o riso logo se transformou em indignação, devido ao rigor com que eram aplicadas as medidas sanitárias - especialmente a remoção dos doentes e a entrada nas casas para o expurgo, mesmo sem autorização dos proprietários. Em seguida, Oswaldo iniciou sua luta contra a peste bubônica. A campanha previa a notificação compulsória dos casos, isolamento e aplicação do soro fabricado em Manguinhos nos doentes, vacinação nas áreas mais problemáticas, como a zona portuária, bem como desratização da cidade. A associação entre ratos e mosquitos era irresistível. E a decisão da Saúde Pública de pagar por cada roedor capturado, dando origem aos inúmeros compradores de gabirus que percorriam a cidade, só agravou a situação. Mas, em poucos meses, a incidência de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos ratos, cujas pulgas transmitiam a doença.

A Revolta da Vacina Em 1904, uma epidemia de varíola assolou a capital. Somente nos cinco primeiros meses, 1800 pessoas tinham sido internadas no Hospital São Sebastião. Embora uma lei prevendo imunização compulsória das crianças contra a doença estivesse em vigor desde 1837, ela nunca fora cumprida. Assim, a 29 de junho de 1904, o Governo enviou ao Congresso projeto reinstaurando a obrigatoriedade de vacinação antivariólica. Suas cláusulas previam vacinação antes dos seis meses de idade e para todos os militares, revacinação de sete em sete anos e exigência de atestado de imunização para candidatos a quaisquer cargos ou funções públicas, para quem quisesse se casar, viajar ou matricular-se numa escola . Davam ainda à polícia sanitária poderes para convidar todos os moradores de uma área de foco a se imunizarem. Quem se recusasse seria submetido à observação médica em local apropriado, pagando as despesas de estadia.

O projeto estipulava ainda punições e multas para médicos que emitissem atestados falsos de vacinação e revacinação, obrigava diretores de colégio a obedecerem as disposições sobre imunização dos estudantes e instituía a comunicação de todos os registros de nascimento.

Estas medidas draconianas estarreceram a população e a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu ápice. Os jornais lançaram violenta campanha contra a medida. Parlamentares e associações de trabalhadores protestaram e foi organizada a Liga contra a Vacinação Obrigatória. No dia 13 de novembro, estourou a Revolta da Vacina. Choques com a polícia, greves, barricadas, quebra-quebra, tiroteios - nas ruas, a população se levantou contra o governo. No dia 14, a Escola Militar da Praia Vermelha aderiu à rebelião, mas após intenso tiroteio os cadetes foram dispersados. Na Saúde, o Porto Arthur carioca, os protestos continuaram. Finalmente, O Governo decretou estado de sitio e, no dia 16, conseguiu derrotar o levante, mas suspendeu a obrigatoriedade da vacina.

Oswaldo Cruz acabou vencendo a batalha. Em 1907, a febre amarela estava erradicada do Rio de Janeiro. Em 1908, violenta epidemia de varíola levou a população em massa aos postos de vacinação. O Brasil finalmente reconhecia o valor do seu sanitarista. No mundo cientifico internacional, seu prestigio já era inconteste. Em 1907, no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim, recebeu a medalha de ouro pelo trabalho de saneamento do Rio de Janeiro. Oswaldo Cruz reformou o Código Sanitário e reestruturou todos os órgãos de saúde e higiene do país.

As expedições Em 1909, deixou a Diretoria Geral de Saúde Publica, passando a dedicar-se apenas ao Instituto de Manguinhos, que fora rebatizado com o seu nome. Do Instituto, lançou importantes expedições cientificas, que possibilitaram maior conhecimento sobre a realidade sanitária do interior do país e contribuíram para a ocupação da região. Erradicou a febre amarela do Pará e realizou a campanha de saneamento na Amazônia, que permitiu o término da obras da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, cuja construção havia sido interrompida pelo grande número de mortes entre os operários.

"Visitamos ontem a cidade de Santo Antonio. Não podes imaginar o que seja. Qualquer descrição por mais pessimista ficaria aquem da realidade. Basta que te diga que não há um só habitante filho do logar. Todas as creanças que ali nascem morrem infallivelmente e as poucas ali nascidas estão de tal modo doentes que fatalmente morrerão em breve", disse Oswaldo Cruz em carta à sua mulher, Emília da Fonseca Cruz.

O sanitarista recomendou uma série de medidas drásticas, a serem implantadas sem demora. Os cuidados sanitários começariam antes do operário chegar à ferrovia, com o engajamento de pessoal em áreas não palustres, exame médico minucioso e fornecimento de quinino durante a viagem. Recomendou ainda exames periódicos nos empregados, fornecimento diário de quinino, desconto dos dias em que o trabalhador não ingerisse o medicamento e gratificação para o operário que passasse três meses sem sofrer nenhum acesso de malária. Finalmente, aconselhou a construção de galpões telados para alojamento do pessoal, fornecimento de água fervida, uso de calçados, locais determinados para a defecação. Em 1913, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras. Em 1915, por motivo de saúde, abandonou a direção do Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Em 18 de agosto de 1916, assume a prefeitura daquela cidade, traçando vasto plano de urbanização, que não pode ver implantado. Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu na manhã de 11 de fevereiro de 1917, com apenas 44 anos de idade.

Osvaldo Cruz,
obrigado por nos permitir a oportunidade de Divulgar esta sua Arte da Cura.


Obrigado meu Deus pelo privilégio de poder colaborar com todos estes meus semelhantes, e as vezes até com outros seres não tão semelhantes assim.

Combate às moléstias:
uma questão de atitude honesta e altruísta.

ODIN

"Quando se fizer verdadeira luz nas recompilações poéticas dos cantos dos bardos, tais como os chamados Eddas ou "vedas", será o dia da redenção". - ROSO DE LUNA. Grande herói do Edda, Oddin, o mesmo Votan escandinavo e ainda o mesmo das lendas guatemaltecas, foi considerado um dos criadores do homem. A antiguidade romana o identificava a Hermés ou Mercúrio, e o orientalimo moderno o confunde com Buda. No panteão dos antigos escandinavos, é o "Pai dos Deuses" e da divina sabedoria e, como tal, é Hermés ou a Sabedoria Criadora.
Segundo a lenda, Odin criou o primeiro casal humano de dois carcomidos troncos de árvores, dotando- o de vida e alma. Honir deu-lhe o intelecto e Lodur forma e côr. Corpo, alma e mente. A eterna triangulação que se encontra em todos os mitos e tradições de ordem religiosa. Assim nasceu a primeira parelha humana. Ao homem foi dado u nome de Ask e à mulher o de Embla. Desse casal descende a humanidade toda, afirma a mitologia escandinava.

A Terra, na concepção dos germanos do norte, era vasto círculo cercado de água por todos os lados. No oceano limitado pelo abismo primitivo, morava a serpente Midgard, nas raízes do Iggdrasil, a Árvore da Vida e do Universo. Midgard é a mundana Serpente do Mal, ou a Terra, mansão dos homens, em oposição à Agharta, morada dos deuses e a Utigard, residencia dos gigantes. Reluzente arco-íris - Bifrost - estendia-se como ponte de sete cores entre a morada dos deuses e a dos humanos sêres.

Iggdrasil, na cosmogonia escandinava, é a Arvore do Universo, do tempo e da vida. Tem três raízes que chegam até ao reino da deusa Hel, e dalí sê estende até Yotumheim,,o país dos Hrimthurses ou Gigantes do Céu, e também até Midgard, a terra dos filhos dos homens. Suas ramagens superiores alcançam o céu e sua folhagem mais alta cobre com sua sombra o Valhala, o Devacan dos heróis que tombam no campo de batalha. O Yggdrasil é sempre fresco e verde, posto que diariamente é regado pelas Normas, as tres fatídicas irmãs do Passado, do Presente e do Futuro, com as águas da vida, que brotam da fonte de Urd, a qual flui em nossa Terra.

Estas três irmãs outras não são senão as Três Parcas da Mitologia Grega: Clotho, Laquesis e Atropos, ou as Trés Forças: Centrípeta, Centrífuga e Equilibrante. Esta árvore secará e desaparecerá somente no dia em que se travar a última batalha entre o Bem e o Mal. Essa tradição que encerra um simbolismo que daria assunto para um compêndio de filosofia, originou-se daquilo que a Sabedoria Iniciática das Idades denomina de Arvore Genealógica dos Kumaras, para designar quantos descendem da hierarquia dos Kumaras e que funcionam na Terra como seus legítimos orientadores, sob o ponto de vista espiritual.

Na mitologia escandinava, é Odin o deus principal. É, sem dúvida, Deus no conceito ocidental, sobretudo se esse nome for decomposto em ODin, o Deus, e, ainda, se considerarmos o termo OD como a pura luz, doadora de vida. Para melhor se compreender o que representa esse personagem estranho e sua função no mundo humano, mister se faz esclarecer algo sobre os Kumaras, como criadores do homem, função esta que é atribuída a Odin, na tradição dos povos escandinavos,onde o genial Wagner se inspirou para produzir sua magistral obra. Não foi sem razão que o eminente Professor Henrique José de Souza em seus estudos transcendentais sôbre a origem do Universo, cognominou a obra wagneriana de Antropogênica, e a de Beethoven de Cosmogênica.

Pertencem os Kumaras a uma hierarquia de seres cuja origem se perde na noite dos tempos. Desdobra-se o nome Kumara ou Cumara em Cume e Ara, ou a Arca do Cume, o altar dos sacrifícios em prol da humanidade retardada. São os Sete Filhos de Deus. Os assírios-babilônicos os chamavam de "Kabir", que significa "Espíritos Planetários". São deuses solares e também são conhecidos sob a designação de Pitris, os Filhos do Fogo, porque são os primeiros dotados de mente. Seu trabalho é sempre no mundo das realizações objetivas. São os Kumaras, em outras palavras, os sustentáculos físicos dos Sete Auto-Gerados. Possuem dois aspectos ou melhor duas faces, a positiva e a negativa, ou seja o que já foi realizado e o que ainda deverá ser desenvolvido. Nesse conceito fi losófico é que reside o velho problema do Bem e do Mal, bem diferente do pensamento teológico.

Simbólicamente, os Kumaras são representados por cabritos, porque tais animais andam nos cumes das montanhas. Dai a tradição de todo o movimento de real cunho espiritualista e, portanto, de origem solar, surgir em Montanhas ou estar vinculado a Montanhas.

Sob o aspecto subjetivo, chamemo-lo de Segundo Trono, a hierarquia dos Kumaras relacionada está a Vênus, porém no plano objetivo, isto é, na Terra, tal hierarquia ligada está a Marte. Não se trata dos planetas conhecidos por tais nomes, mas forças cósmicas com as características desses dois planetas, isto é, amor e justiça.

Eis por que a figura de Odin identifica-se com o ser que luta, o batalhador por excelencia, sempre, porém, com a finalidade de implantar o direito, a justiça, em defesa dos fracos, das crianças, dos velhos e dos inválidos, tal como os Cavaleiros do Graal. Quando Odin é considerado o deus das batalhas, o qual adota por filhos seus todos os guerreiros que morrem com armas na mão, outra coisa não está revelando senão que ele reconhece como de sua família todos quantos se sacrificam pelo ideal comum da fraternidade, da harmonia universal, enfim, do Bem, do Bom e do Belo, lutando até o último momento, sem se desviar do seu objetivo.

Odin foi também conhecido como "Deus dos Corvos", porque sobre seus ombros estavam sempre pousadas duas aves dessa espécie, que lhe segredavam tudo quanto averiguavam de novo. Uma delas se chamava Higin, o entendimento, e a outra Munnin, memória. Percorriam o mundo durante o dia e regressavam ao anoitecer.

Vê-se, nessa citação, a idéia do Senhor das Eternidades, do Pai, que de tudo toma conhecimento, servindo-se de um entendimento perfeito e de uma memória lúcida para agir com amor e justiça.

Outro nome, por que é conhecido Odin, é Fribul, cuja sonância, para quem se dedica ao estudo transcendental dos sons, revela um mundo de conhecimentos em relação aos planos da manifestação cósmica, numa escala sétupla, do mais sutil ao mais denso, como alfa e omega.

Ao tempo dos Druídas e Magos e do povo de Tuat de Dananda e, principalmente dos Celtas, povo da raça indo-germânica, ouvimos novamente falar em Odin, como seu manu ou chefe, povo este que se espalhou primeiramente por toda a Europa central; rechaçado, em seguida, para a Gália, a Espanha, as Ilhas Britânicas, foi, finalmente, absorvido pelos romanos. É, porém, na Bretanha, no Pais de Gales e na Irlanda, que o tipo e a língua célticos se têm conservado melhor.

Quanto aos Druídas, eram eles sacerdotes dos gauleses e dos celtas. Admitiam mulheres em sua Ordem e as iniciavam nos mistérios de sua religião. Não tinham templos e reuniam-se nos bosques. Veneravam certas plantas, tais como o visco, que era colhido todos os anos solenemente com uma foice de oiro. Cultuavam o fogo como Centelha Divina que arde em todas as coisas, o qual era zelado pelas sacerdotizas, que tinham a função de mentê-lo sempre aceso. Nunca transpuseram para a escrita seus versos e escrituras sagradas, os quais eram confiados à memória. Tambem não possuíam imagens ou estátuas de seus deuses. A religião celta considerava uma irreverência ímpia representar qualquer deus por uma figura humana. Os três principais mandamentos dessa religião eram:obediencia às leis divinas; interesse pelo bem da humanidade e aceitar com firmeza todos os revezes da vida.

Nos Eddas, cantos e poemas escandinavos, repositório da milenar Sabedoria das Idades, cujo nome muita analogia tem com a palavra sãnscrita Vedas, surge a figura feminina de Friga ou Frigga, como a principal deusa da mitologia escandinava. Era uma das três esposas de Odin e mãe de Baldur e outros deuses. Ocupava com Odin o trono Hlidskialf e conhecia o destino dos homens, porém não os revelava a ninguém. Desta deusa deriva o nome de Freitag, sexta-feira em alemão, e Friday, o mesmo em inglês, consagrado a Venus, o aspecto feminino de Mercúrio, com quem é também Odin identificado.

Friga é a mãe dos deuses,como Aditi o é, nos Vedas, do mesmo modo que Frea, entre os germanos. Em seu aspecto inferior, era adorada como a grande mãe que a Terra alimenta. Sentava-se em seu áureo trono Hlidskialf, formado de tecidos de luz doirada, em companhia de tres virgens divinas, como servas e mensageiras,e ocupava-se tecendo fios de oiro destinados a recompensar os homens virtuosos.

Uê-se, claramente, nessa personagem, Ceres Demeter, que protege á agricultura, a lua e a natureza, enfim a mantenedora da vida. E, como tal, é também a deusa do Amor e da Beleza, como a Venus greco-romana. Habitava um belo palácio, e seu carro era puxado por dois gatos. Ia a cavalo, onde havia combates e repartia com Odin os guerreiros que sucumbiam na peleja. Diz a lenda que, quando chorava, suas lágrimas eram de puro ouro.

Alto, com uma vasta cabeleira cor de fogo, olhos azuis, límpidos como cristal, Odin é, para os não iniciados, uma figura lendária, sendo desconhecida sua origem. Simboliza, sem dúvida, a era dos reis divinos e pelo mito da serpente a que está ligado, segundo várias tradições, Odin ou Votan expressa os demiurgos do mental.

Segundo o historiador Ordonez, que se dedicou ao estudo das tradições dos povos da América Central, Votan ou Odin é da raça das serpentes, que se origina de Chivin, e isto com vistas à sabedoria divina. Daí o nome Srinagar, na Tndia, lugar dos homens serpentes ou sábios. Diz Ordonez em seu livro "Probanza de Votan": "Votan conduziu sete famílias de Valum-Votan à América Central e resolveu viajar até chegar a raiz dos céus, a fim de encontrar seus pais, as serpentes, e se fazer reconhecer por eles; fez quatro viagens de Válum-Votan a Valum-Chivin, isto é, da "terra de Votan" à "terra dos antepassados". É êle senhor dos chans ou chanes, têrmo tzendal que significa serpente. Votan teria vindo do outro lado do Mar das Antilhas, acompanhado de grande número de imigrantes sob o comando de vários chefes. Em Valum-Votan, tinha um templo dirigido por uma sacerdotiza de nobre estirpe e assistida por índios plebeus, e parece ter sido o inventor da dança zavi (tapir)".

Outro historiador, Brasseur, afirma que vários templos foram dedicados a Votan, com o titulo de "coração do reino, coração do povo". A célebre Cruz de Palenque é uma apoteose a Votan, que estendeu o seu domínio a treze províncias feudatárias, cujos príncipes formavam o conselho do monarca de Palenque. É ainda Brasseur que identifica Votan com Odon ou In Don dos Tarascos do Mihoacan, considerado divindade protetora do primeiro dia.

As "quatro viagens" a que se refere Ordonez, encerram o mesmo simbolismo das Quatro Rodas da Visão de Ezequiel, uma vez que estando a evolução da Terra e do homem, que evoluem simultaneamente, no seu quarto estágio ou quarta ronda, tais viagens se enquadram perfeitamente no numero de vezes que o Supremo Arquiteto do Universo, o Criador, o Eterno, o Kumara, pouco importa o nome que se lhe de, faz a sua tentativa junto a humanidade para guiá-la e conduzi-la ao Caminho Perfeito, como foi confirmado pelo Professor Henrique José de Souza, ao citar o seguinte trecho de certo livro sagrado, de valiosa biblioteca de certa Confraria Jina: "O Supremo Arquiteto caminha de Globo em Globo, de Cadeia em Cadeia, de Sistema em Sistema,ate alcançar o fim de sua grande jornada". No caso apontado, esse caminhar refere-se ao quarto globo, isto é, à Terra, e daí as "quatro viagens" a que Ordonez faz menção. Outro também não é o sentido do símbolo do Tetragramaton Sagrado e de quantos quaternários ou cruzes existem em todas as tradições religiosas.

A "Raiz do Céu", a que Ordonez igualmente faz referência, é a Ilha Imperecível que nenhum cataclismo pode destruir e que os orientais chamam de Shamballah, palavra esta que por sua vez muito se assemelha a Valhala, onde moram as Valquírias que, segundo a lenda escandinava, dão de beber, aos hóspedes de Odin, hidromel ou a ambrósia dos deuses, o nectar ou licor da imortalidade. Por isso, contam que é Odin o deus da poesia, porque teve a felicidade de se apossar do "hidromel dos poetas", e quem o bebesse passava a ser ao mesmo tempo sábio e poeta. Tudo isso não passa de formas alegóricas para expressar a união do eu-inferior com o eu-superior, ou, em outras palavras, a verdadeira eucaristia, a comunhão perfeita do "homem com o seu deus interno".

Como Hércules, que mata a Hidra de Lerna ou Serpente do Mal, Odin ou Votan, mata a Serpente da Arvore do Gogar escandinavo, a mesma serpente da Noite Nahoa, morta pelas mãos de Quetzalcoatl, personagem das lendas guatemaltecas, da mesma estirpe de Odin.

Convém notar que essa polaridade Bem e Mal, sempre presente em todas as teogonias, encerra o sentido de Conhecimento e Ignorância, como Luz e Sombra, e não como é comumente interpretada pelas religiões correntes.

Odin, o enviado dos céus, como um Avatara, teve de enfrentar a ignorancia humana, simbolizada por quantas serpentes malignas, hidras ou leviatans existam nas antigas lendas,porque sendo Ele a expressão da Lei,forçosamente, para o seu equilíbrio, teria de transformar ignorancia em sabedoria, impulsionando a humana evolução.

Para provar a identidade dos vários mitos, encontramos, na tradição dos povos pré-colombianos da América Central, a lenda de que Votan vira o grande edifício que os homens, por conselho dos antepassados comuns, construíram da terra ao céu (Torre de Babel ?); e que lã, onde chegara por ordem de Deus para dividir e partilhar a terra dos índios, dera Deus a cada povo o seu idioma particular. Acrescenta a lenda que regressou Votan a Huehuetan (Cidade dos Anciãos, em mexicano), que é uma localidade de Soconusco, e que levou para ali tapirés, isto é, grandes tesouros, colocando-os numa casa triste e obscura (este vale de lágrimas ?), que ele construiu, soprando várias vezes e entregando-os a uma sacerdotiza de nome Tapianes, para guardar. Tal nome, Tapianes, deve ser Tlapianes que, em mexicano, significa "guardas", do verbo tlapia, guardar.

De posse de todos esses dados, melhor se poderá compreender a missão desse misterioso personagem que passou pela Europa, quando esta ensaiava seus primeiros passos, e que esteve presente também na América Central, deixando o sinal de sua passagem quer nos monumentos megalíticos do Sul da Inglaterra, quer nos dolmens e menhires de Stonehenge e da Bretanha, e nas inscrições das ruínas de Palenque, como marco das "mais puras e espirituais doutrinas cientifico-religiosas primitivas que foram conservadas durante séculos em suas ruínas" no dizer do insigne polígrafo espanhol Mario Roso de Luna, que profetizou a redenção da humanidade no dia em que se fizesse luz nas recompilações poéticas dos cantos dos bardos.

Sim, quando o homem moderno,reintegrado na sua condição divina, conseguir, através da Transformação, da Superação e da Metástase, identificar-se com a Verdade Una, será o Dia do Sede Conosco ou da última batalha entre o Bem e o Mal, a que se refere de modo simbólico a tradição dos povos escandinavos.

Obrigado,
por nos permitir Divulgar parte desta existencia tão maravilhosa.