Prêmio TopBlog Brasil 2013/4

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Maria Lopes

16 janeiro 2014

Graciliano Ramos

  • Graciliano Ramos
  • Graciliano Ramos de Oliveira foi um romancista, cronista, contista, jornalista, político e memorialista brasileiro do século XX, mais conhecido por seu livro Vidas Secas. Wikipédia
  • Nascimento27 de outubro de 1892, Quebrangulo, Alagoas

  • CônjugeHeloísa Leite de Medeiros (de 1928 a 1953)Maria Augusta de Barros (de 1915 a 1920)

  • Por Camila Conceição Faria
  • http://www.infoescola.com/autor/camila-conceicao-faria/25/
  • Nascido em 27 de outubro de 1892, em Quebrangulo, sertão de Alagoas, era o primeiro dos dezesseis filhos de Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos. Cresceu nas cidades de Viçosa, Palmeira dos Índios (AL) e Buíque (PE) enfrentando não só a seca, mas também as surras aplicadas pelo pai, fato que o fez acreditar desde cedo que todas as relações humanas se movem pela violência.
    Graciliano Ramos atuou como revisor e escritor em diversos jornais e revistas pelos lugares em que passou. Em 1904, criou o jornal o Dilúculo, dedicado às crianças; participou do Echo Viçonsense, no qual, trabalhava como redator Mário Venâncio seu mentor intelectual, e cujo suicídio em fevereiro de 1906, pôs fim ao respectivo jornal. Em 1905 freqüentou por pouco tempo o Colégio Quinze de Março, em Maceió. Em todos os jornais em que colaborou, Graciliano adotou diversos pseudônimos, tais como: Feliciano de Olivença (com o qual começou a publicar sonetos na revista O Malho), Almeida Cunha, S. de Almeida, Soares Lobato, Soares de Almeida Cunha e Lambda. Em 1910 o Jornal de Alagoas, do qual também era colaborador, move um inquérito literário contra o escritor; em outubro do mesmo ano Graciliano muda-se para Palmeira dos Índios, aonde, após diversas idas e vindas, casa-se com Maria Augusta Ramos em 1915. Após cinco anos, em 1920, falece sua esposa deixando-o com quatro filhos pequenos.
    Graciliano é eleito prefeito da cidade de Palmeira dos Índios em 1927 e empossado no ano de 1928. Em 1932, renuncia ao cargo de prefeito e muda-se para Maceió onde é nomeado diretor da Imprensa Oficial; casa-se com Heloisa Medeiros, e colabora com jornais sob o pseudônimo Lúcio Guedes. Após um curto período, pede demissão do cargo e retorna para Palmeira dos Índios, funda uma escola no interior da sacristia da igreja Matriz e escreve os primeiros capítulos de São Bernardo. Em 1933 lança seu primeiro livro, Caetés, que vinha escrevendo desde 1925. Em 1934, falece seu pai em Palmeira dos Índios.
    Em 1936, acusado informalmente de ter conspirado no malsucedido levante comunista de novembro de 1935, é demitido. Preso em Maceió é levado para Recife de onde embarca para o Rio de janeiro com outros 115 presos. Permaneceu preso no Rio de Janeiro até 1937, passando pelo Pavilhão dos Primários da Casa de detenção, pela Colônia Correcional de Dois Rios, na Ilha Grande, retornou a Casa de Detenção e finalmente passou pela Sala da Capela de Correção. Em agosto de 1937 é lançado seu livro Angústia que recebe no mesmo ano o prêmio Lima Barreto pela Revista Acadêmica. Ainda em 1937, é libertado e passa a trabalhar como copidesque em jornais do Rio de Janeiro.
    A Revista Acadêmica lança uma edição especial que traz treze artigos sobre o escritor. Recebe o prêmio Literatura Infantil do Ministério da Educação por A Terra dos meninos pelados. Vidas Secas, seu mais famoso romance, é publicado em 1938 e no ano seguinte o escritor é nomeado Inspetor Federal do Ensino Secundário no Rio de Janeiro.
    Em 1940, juntamente com Álvaro Moreira, Joel Silveira, José Lins do Rego e outros "conhecidos comunistas e elementos de esquerda", como consta em sua ficha na polícia, passa a freqüentar a sede da revista Diretrizes. Recebe em 1942 o prêmio Felipe de Oliveira pelo conjunto de sua obra, por ocasião da comemoração de seus 50 anos. Publica o livro Brandão entre o mar e o amor, escrito em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz. Sua mãe falece em 1943, também em Palmeira dos Índios. Em 1944 seu livro Angústia é publicado no Uruguai. Em 1945 filia-se ao Partido Comunista e lança os livros Dois dedos e Infância, este último um livro de memórias. Nesse período, Antônio Cândido, publica uma série de cinco artigos sobre a obra de Graciliano Ramos no jornal Diário de São Paulo ao qual Graciliano responde por carta, material este, que é transformado no livro Ficção e Confissão. Em 1948 o livro Infância também é publicado no Uruguai. Em 1951 é eleito presidente da Associação Brasileira de Escritores, sendo reeleito em 1952. Em abril deste mesmo ano vai a Tcheco-Eslováquia e a Rússia em companhia de sua segunda esposa, onde tem alguns de seus romances traduzidos. Passam também pela França e por Portugal. Retorna em 16 de junho, já doente, e decide seguir para Buenos Aires na Argentina onde passa a tratar dos problemas pulmonares em setembro do mesmo ano. Passa por uma cirurgia, mas os médicos não lhe garantem muito tempo de vida.
    Os 60 anos de Graciliano Ramos são lembrados em sessão solene na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras, na qual falaram sobre sua obra Jorge Amado, Peregrino Júnior, Miécio Tati, Heraldo Bruno, José Lins do Rego e outros. Em seu nome, falou sua filha Clara Ramos. É internado em 1953, na Casa de Saúde e Maternidade São Vitor, onde falece, vítima do câncer no dia 20 de março. É publicado o livro Memórias do Cárcere sem o capítulo final, o qual Graciliano não chegou a concluir. Seus livros São Bernardo e Insônia são publicados em Portugal em 1957 e 1962, respectivamente. O livro Vidas Secas recebe o prêmio Fundação William Faulkner na Virginia, USA. Em 1963 é lembrado pela exposição Retrospectivas das Obras de Graciliano Ramos, na cidade de Curitiba (PA), por ocasião do aniversário de 10 anos de sua morte, e pela Exposição Graciliano Ramos, realizada pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Em 1965 e 1970, são publicados em Portugal os romances Caetés e Memórias do Cárcere respectivamente. Nelson Pereira dos Santos adapta para o cinema os livros Vidas Secas e Memórias do Cárcere, em 1963 e 1983, sendo que o primeiro obtém os prêmios Catholique International du Cinema e Ciudad de Valladolid (Espanha). São Bernardo é dirigido em 1980 por Leon Hirszman.
    Bibliografia:
    -Caetés - romance
    -São Bernardo - romance
    -Angústia – romance
    -Vidas secas - romance
    -Infância - memórias
    -Dois dedos - contos
    -Insônia - contos
    -Memórias do cárcere - memórias
    -Viagem - impressões sobre a Tcheco-Eslováquia e a URSS.
    -Linhas tortas - crônicas
    -Viventes das Alagoas - crônicas
    -Alexandre e outros irmãos (Histórias de Alexandre, A terra dos meninos pelados e Pequena história da República).
    -Cartas - correspondência pessoal.
    Fonte: http://www.releituras.com/graciramos_bio.asp, http://www.graciliano.com.br/entrada.html, http://www.mundocultural.com.br/literatura1/modernismo/brasil/2_fase/graciliano_ramos/
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