Prêmio TopBlog Brasil 2013/4

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Maria Lopes

14 janeiro 2014

Gonçalves Dias


  • Gonçalves Dias
  • Antônio Gonçalves Dias foi um poeta, advogado, jornalista, etnógrafo e teatrólogo brasileiro. Um grande expoente do romantismo brasileiro e da tradição literária conhecida como "indianismo", ... Wikipédia
  • Nascimento10 de agosto de 1823, Caxias, Maranhão
  • Falecimento3 de novembro de 1864, Guimarães, Maranhão


  • Gonçalves Dias (1823-1864) foi poeta e teatrólogo brasileiro. É lembrado como o grande poeta indianista da geração romântica. Deu romantismo ao tema índio e uma feição nacional à sua literatura. É lembrado como um dos melhores poetas líricos da literatura brasileira. É Patrono da cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras.
    Gonçalves Dias (1823-1864) nasceu nos arredores de Caxias, no Maranhão, no dia 10 de agosto de 1823. Filho de um comerciante português e uma mestiça. Iniciou seus estudos no Maranhão e ainda jovem viaja para Portugal. Em 1838 ingressa no Colégio das Artes em Coimbra, onde conclui o curso secundário. Em 1840 ingressa na Universidade de Direito de Coimbra, onde tem contato com escritores do romantismo português, entre eles, Almeida Garret, Alexandre Herculano e Feliciano de Castilho. Ainda em Coimbra, em 1843, escreve seu famoso poema "Canção do Exílio", onde expressa o sentimento da solidão e do exílio.
    Gonçalves Dias volta ao Maranhão em 1845, depois de formado em Direito. Ocupa vários cargos no governo imperial e realiza diversas viagens à Europa. Vai para o Rio de Janeiro em 1846 e em 1847 publica o livro "Primeiros Cantos", que recebe elogios de Alexandre Herculano, poeta romântico português. Ao apresentar o livro, Gonçalves Dias confessa: "Dei o nome Primeiros Cantos às poesias que agora publico, porque espero que não sejam as últimas". Em 1848 publica o livro "Segundos Cantos".
    Em 1849, é nomeado professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. Durante esse período escreve para várias publicações, entre elas, o Jornal do Comércio, a Gazeta Mercantil e para o Correio da Tarde. Fundou a Revista Literária Guanabara.
    Gonçalves Dias publica em 1851 o livro "Últimos Cantos". Regressa ao Maranhão, e conhece Ana Amélia Ferreira do Vale, por quem se apaixona. Por ele ser mestiço, a família dela proíbe o casamento. Mais tarde casa-se com Olímpia da Costa.
    Gonçalves Dias exerceu o cargo de oficial da Secretaria de Negócios Estrangeiros, foi várias vezes à Europa e em 1854, em Portugal, encontra-se com Ana Amélia, já casada. Esse encontro inspira o poeta a escrever o poema "Ainda Uma Vez — Adeus!".
    Em 1862, Antônio Gonçalves Dias vai à Europa para tratamento de saúde. Sem resultados embarca de volta no dia 10 de setembro de 1864. No dia 3 de novembro o navio francês Ville de Boulogne em que estava, naufraga perto do Farol de Itacolomi, na costa do Maranhão, onde o poeta falece.

    Obras de Gonçalves Dias

    Um Anjo, romance, 1843;
    Beatriz Cenci, teatro, 1843;
    Patkull, teatro, 1843;
    Meditação, prosa, 1845;
    Primeiros Cantos, poesia, 1846;
    Canção do Exílio, poema, 1846;
    Canto do Piága, poesia, 1846;
    Leonor de Mendonça, drama, 1847;
    Segundos Cantos, poesia, 1848;
    Sextilhas do Frei Antão, poemas, 1848;
    Últimos Cantos, poesia, 1851;
    I - Juca Pirama, poema, 1851;
    Cantos, poesia, 1857;
    Os Timbiras, poesia, 1857, (inacabado);
    Dicionário da Língua Tupi, 1858;
    Liria Varia, poesia, 1869, obra póstuma);
    Canção do Tamoio, poema;
    Leito de Folhas Verdes, poesia;
    Marabá, poema;
    Se Eu Morrer de Amor, poema;
    Ainda Uma Vez - Adeus, poema;
    Seus Olhos, poema;
    Canto de Morte, poesia;
    Meu Anjo, Escuta, poema;
    Olhos Verdes, poema;
    O Canto do Guerreiro, poema;
    O Canto do Índio, poema;
    Se Te Amo, Não Sei, poema.
    Gonçalves Dias entrelaça a poesia sobre a natureza e a poesia saudosista. O poeta maranhense, em seus verso, lembra da infância, dos amores idos e vindos. Na Europa sente-se exilado e é levado até sua terra natal. "Canção do Exílio" é um clássico de nossa literatura:

    Canção do Exílio

    Minha terra tem palmeiras,
    Onde Canta o Sabiá;
    As aves, que aqui gorjeiam,
    Não gorgeiam como lá.
    Nosso céu tem mais estrelas,
    Nossas várzeas têm mais flores,
    Nossos bosques têm mais vida,
    Nossa vida mais amores.
    Em cismar, sozinho, à noite,
    Mais prazer encontro eu lá;
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.
    Minha terra tem primores,
    Que tais não encontro eu cá;
    Em cismar - sozinho, à noite
    Mais prazer encontro eu lá;
    Minha terra tem palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.
    Não permita Deus que eu morra,
    Sem que eu volte para lá;
    Sem que desfrute os primores
    Que não encontro por cá;
    Sem qu'inda aviste as palmeiras,
    Onde canta o Sabiá.
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