Prêmio TopBlog Brasil 2013/4

Prêmio TopBlog Brasil 2013/4
Maria Lopes

23 outubro 2015

A BrasileiraTerezinha Guilhermina é a mulher mais veloz do mundo.

A brasileira Terezinha Guilhermina portadora de dificiência visual degenerativa é Ouro nos Jogos Paralímpicos.

Nasceu em uma família humilde mineira e tem de doze irmãos, sendo que cinco também possuem deficiência visual. Ela possui uma deficiência congênita, a retinose pigmentar, que fez perder com o tempo a pouca visão que tinha. Devido à deficiência visual (cegueira total), está classificada nas classe T1 ou classe T2 dos corredores paraolímpicos.


Durante o Campeonato Mundial de Atletismo de 2013, com o seu guia, Guilherme Santana.
Em 2006, foi eleita Atleta Paralímpica do Ano, pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Em 2007, prestou o juramento do atleta olímpico na abertura dos Parapan do Rio 2007.
É treinada pelo técnico Amauri Veríssimo, que também treina o velocista Lucas Prado. Seu guia é o atleta Guilherme Santana.[1] [2] [3]

Resultados[editar | editar código-fonte]

  • Medalha de ouro nos 100m rasos, 200m rasos, 400m rasos e 4x400m rasos no Parapanamericano da IBSA em São Paulo, 2005
  • Medalha de ouro em cinco das seis etapas do Circuito Loterias Caixa de Atletismo Paralímpico, 2005
  • Campeã invicta nos 100m, 200m e 400m rasos do Circuito Loterias Caixa, 2006 e 2007
  • Campeã mundial nos 200m rasos, em AssenPaíses Baixos, 2006
  • Recordista mundial nos 400m rasos, Curitiba, 2007
  • Medalha de prata nos 400m rasos na Golden League IAAF em ParisFrança, 2007
  • Medalha de ouro e recorde mundial no 100m rasos, medalha de ouro nos 200m e nos 400m rasos, no Mundial da IBSA, em São Paulo, 2007
  • Medalha de ouro nos 100m e 200m rasos, medalha de prata nos 400m rasos com novo recorde mundial para a categoria T11, Parapan Rio 2007
  • Medalha de prata nos 100m e 200m rasos na Copa do Mundo Paralímpica em ManchesterInglaterra, 2008
  • Medalha de ouro nos 400m rasos na Golden League IAAF Etapa de Paris, França, 2008
Fonte: [4]
https://pt.wikipedia.org/wiki/Terezinha_Guilhermina
Terezinha Guilhermina
Durante homenagem, no Ministério do Esporte, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.Foto:Marcelo Camargo/ABr
Informações pessoais
ModalidadeAtletismo
Nascimento3 de outubro de1978 (37 anos)
Betim, Minas Gerais
NacionalidadeBrasil brasileira
Medalhas
Jogos Paraolímpicos
OuroLondres 2012100 metros rasos
OuroLondres 2012200 metros rasos
OuroPequim 2008200 metros rasos
PrataPequim 2008100 metros rasos
BronzePequim 2008400 metros rasos
BronzeAtenas 2004800 metros
Jogos Parapan-Americanos
OuroRio 2007100 metros rasos
OuroRio 2007200 metros rasos
OuroRio 2007400 metros rasos

22 outubro 2015

Você já votou? Conto com seu voto! O Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo está participando do Concurso Top Blog 2015


O Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo está 

participando do Concurso Top Blog 2015 conto com sua 

preferência de voto.Obrigada.


Siga o Link e vote na aba direita da página com o 
símbolo top blog.
Obrigada. Maria Lopes


O Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo é considerado um Blog popular nas Redes Sociais e consta com uma coleção de Prêmios, Selos e Wards recebidos pela presença constante de seus visitantes e participação generosa dos amigos da WEB que de uma forma ou de outra colaboram enviando matérias, sugestões e votos quando necessário. 
O Blog Maria Lopes e Artes participa no Concurso Top 30 Brasil  e há mais de um ano se encontra entre os 10 mais votados em mais de 110 000 blogs e sites participantes mensalmente (graças a colaboração dos amigos). Sou imensamente grata por ter a satisfação de transformar o blog em algo real através um mundo virtual que é a informática. 

Apresento mais uma vez o Blog Maria Lopes e a Arte do Espetáculo para a sua aprovação me proporcionando a satisfação de contar com seu voto, no Concurso Top Blog 2015, local de votação que se encontra na aba direita do seu vídeo, onde se lê (vote aqui e seguir as instruções). 
Existe a necessidade de validar seu voto.Obrigada por sua tenção.

Por favor se encontrar alguma dúvida: marialopesdeandrade.lopes034@gmail.com

Felicidades e Grata por sua atenção e voto. Maria Lopes.

17 outubro 2015

17 de Outubro de 1849: Morre Frédéric Chopin

17 de Outubro de 1849: Morre Frédéric Chopin, compositor e pianista polaco

No Verão de 1849, o pianista Frédéric Chopin já  não conseguia leccionar pois uma tuberculose pulmonar evoluía rapidamente. A sua irmã mais velha, Ludwika, viajou desde Varsóvia para cuidar do compositor. No dia 17 de Outubro, o génio do piano morre no seu apartamento parisiense da Place Vendôme.

Se os amigos e admiradores pudessem prever que a Marcha Fúnebre da sua Sonata em si bemol menor opus 35, III Movimento, acompanharia no século e meio seguinte as exéquias de algumas das maiores personalidades mundiais, por certo a fariam executar no funeral que conduziu o corpo do genial compositor ao cemitério de Père- Lachaise em Paris.

Frédéric (Fryderyk Franciszek) Chopin nasceu em 1 de Março de 1810 na cidade de Zelazowa Wola, ducado de Varsóvia. O seu pai, Mikolaj (Nicolas) Chopin, polaco de origem francesa, era professor de Língua e Literatura Francesa no Liceu de Varsóvia. A sua mãe, Justyna Krzyzanowska, era dona de casa e talentosa pianista, que lhe ensinou as primeiras notas.

Muito cedo, com 7 anos, Frédéric compôs duas ‘polonaises’. Este prodígio foi ressaltado em jornais da cidade e o pequeno tornou-se atracção nos salões aristocráticos da capital.

Dos 13 aos 16 anos, Chopin estudou no liceu, onde o pai leccionava. Colegas de classe provinham das diversas regiões do país o que lhe possibilitou passar as férias nessas localidades. A música tradicional da Polónia,a  sua tonalidade distinta, a riqueza dos seus ritmos e o vigor das danças acompanhariam Chopin para sempre.

No Outono de 1826, Chopin ingressa na Escola Superior de Música, cujo director era o consagrado compositor Josef Elsner. O severo director permitiu que o Chopin se concentrasse no piano, devido  à sua facilidade de improvisação, inclinação a efeitos brilhantes, precisão de composição e compreensão do significado e da lógica de cada nota. Ao concluir os estudos em 1929, Elsner registou num relatório: “Chopin, Fryderyk, estudante de 3º ano, talento excepcional, génio musical”.

Chopin planeia, então, uma longa viagem pelo estrangeiro a fim de ganhar familiaridade com a vida musical na Europa e conquistar certa reputação. É aplaudido calorosamente nos seus concertos. Em Viena, o editor, Tobias Halinger, imprime a  sua primeira obra editada fora da Polónia, Variações sobre um tema de Mozart.

De volta a Varsóvia, dedica-se à composição e escreve os seus dois concertos para piano e orquestra. Dessa época são os seus primeiros nocturnos, estudos, valsas, mazurkas e ‘lied’
Depois de permanecer meses em Viena, Chopin resolve viajar para Paris. Durante a viagem toma conhecimento da queda de Varsóvia nas mãos dos russos. Chega à ‘cidade luz’ no Outono de 1831. Lá encontra muitos de seus compatriotas exilados, recebidos amistosamente.

Em Paris, a reputação de Chopin cresce vertiginosamente. Torna-se amigo de Liszt, Mendelsohn e Berlioz. O grande pianista Friedrich Kalkbrenner – cognominado o “rei do piano” – sabendo da estadia do jovem músico, organiza-lhe um concerto na sala Pleyel em Fevereiro de 1832. O sucesso foi estrondoso. Chopin assina contrato com a mais importante casa editorial da época, a Schlesinger.

O pianista instala-se definitivamente em Paris na condição de emigrado. Algum tempo depois, conhece a escritora francesa Aurore Dudevant, que escrevia sob o pseudónimo masculino de George Sand. A autora de romances audaciosos, seis anos mais velha, divorciada e com dois filhos, oferecia ao artista solitário uma ternura extraordinária bem como cuidados materiais e maternais.

Os amantes passam o Inverno de 1838/1839 na ilha espanhola de Maiorca. Devido às condições climáticas desfavoráveis, Chopin rapidamente adoece e dá os primeiros sinais de tuberculose. Debilitado, ainda assim compõe ali algumas de suas obras-primas: os 24 prelúdios, Polonaise em dó menor, Balada em fá maior, Scherzo em dó bemol menor.

Volta à França na Primavera de 1839, instala-se na mansão de Sand em Nohant, região central do país. Lá permanece até 1846. Foi o período mais feliz e produtivo. A maioria de suas obras mais marcantes foi ali composta.

O amor e a amizade profunda entre Chopin e Sand aos poucos cederam lugar a conflitos cada vez mais sérios, devido principalmente à atitude hostil do filho de George Sand. A separação final ocorreu em Julho de 1847.

Estas dolorosas experiências pessoais foram devastadoras para a criatividade do compositor e para sua saúde física e mental. Abandona quase que completamente a composição e até ao fim da vida escreveria apenas umas tantas miniaturas. Frágil e acossado por uma febre insidiosa, Chopin dá seu último concerto em 16 de Novembro de 1848.
O pianista foi enterrado no cemitério Père-Lachaise. Em respeito à sua vontade,o  seu coração foi retirado e está colocado numa urna na igreja Santa Cruz em Varsóvia.
Opera Mundi
wikipedia (Imagens)






Arquivo: Frédéric Chopin por Bisson, 1849.png

Frédéric Chopin c. de 1849



 Ficheiro:Chopin, by Wodzinska.JPG
Retrato de  Frédéric Chopin - Maria Wodzińska
Arquivo: Chopinradziwill.jpg

Extraído do blog: História da História:  http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2015/10/17-de-outubro-de-1849-morre-frederic.html


15 outubro 2015

15 de Outubro de 1844: Nasce o filósofo alemão Friedrich Nietzsche

15 de Outubro de 1844: Nasce o filósofo alemão Friedrich Nietzsche

Um dos filósofos emblemáticos dos finais século XIX, nasceu a 15 de outubro de 1844, em Röcken, e morreu a 25 de agosto de 1900, atacado pela demência, em Weimar. As suas reflexões caracterizam-se por uma violentacrítica aos valores da cultura ocidental.
Com efeito, para Nietzsche, a decadência do Ocidente começou quando o discurso filosófico, depois de Sócrates,veio afastar a síntese que se realizara na tragédia grega, substituindo a harmonia apolíneo/dionisíaco(representando a ambivalência da essência humana, dividida entre a desmesura passional e a medida racional)por um discurso das aparências, enganador e ilusório, que transforma a realidade autêntica em metáforas ocas.Esse processo de desvitalização encontrará o apogeu com a afirmação da moral judaico-cristã, «moral deescravos», reflexo de uma maquinação hipócrita de indivíduos débeis, ignóbeis e vis numa tentativa deenfraquecer e dominar pela astúcia os valorosos.
A crítica nietzschiana acaba mesmo por abranger os fundamentos da razão, considerando que o erro e o devaneioestão na base dos processos cognitivos e que a  na ciência, como qualquer  em verdades absolutas, nãopassa de uma quimera.
Não se limitando, porém, à denúncia de um estado de espírito dominado pela submissão a valores ancestrais,impotentes para criar algo de novo e propagando a obediência e a servidão como princípios supremos, aoproclamar a «morte de Deus» e a abolição de qualquer tutela, Nietzsche passa ao anúncio de uma nova eracentrada na exaltação da vontade de poder, apanágio do homem verdadeiramente livre, o super-homem, que nãoconhece outros ditames além dos que ele próprio fixa. No entanto, o super-homem não é unicamente dominadopelo egoísmo, cabendo-lhe dirigir a «massa», anónima e ignorante, para um estádio superior em que os valoresvitais, a alegria e a espontaneidade permitam a reafirmação do instinto criador da humanidade.
Pensador paradoxal, associa ao super-homem a consciência do eterno retorno, procurando, talvez, exprimir oaspeto cíclico dos movimentos históricos ou a impossibilidade de, alguma vez, ser atingido um grau supremo deperfeição no devir do Homem.
Expressando-se de forma aforística e mantendo todas as suas afirmações no limiar da inteligibilidade imediata,Nietzsche foi um filósofo ímpar, tão inovador como polémico: ao exaltar, em detrimento da razão, a faculdade davontade como núcleo da essência humana e verdadeiro motor do devir e colocando-se numa posição de profundoceticismo face aos fundamentos da ética e da moral, abalou profundamente os pilares do racionalismo, sendo porisso considerado como um dos «filósofos da suspeita» (ao lado de Marx e Freud), na esteira da «crise da razão»que marcou profundamente a filosofia no século XX.
Entre as suas obras são de destacar:
A Origem da Tragédia (1872), Humano, Demasiado Humano (1878), Aurora (1881), A Gaia Ciência (1882), AssimFalou Zaratustra (1883-85), Para além do Bem e do Mal (1886), A Vontade de Poder (1886, editado em 1906), AGenealogia da Moral (1887), Ecce Homo (1888), O Anticristo (1888).
Fontes:Friedrich Nietzsche. In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013.
wikipedia (Imagens)
File:Nietzsche1861.jpg
Friedrich Nietzsche em 1861
Friedrich Nietzsche em 1882

http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2015/10/15-de-outubro-de-1844-nasce-o-filosofo.html



O filósofo é o homem de amanhã, aquele que recusa o ideal do dia, aquele que cultiva a utopia.
Friedrich Nietzsche

14 outubro 2015

14 de Outubro de 1964, Martin Luther King recebe o Prêmio Nobel da Paz

1964 - Martin Luther King recebe o prêmio Nobel da Paz pela defesa dos direitos civis do negros nos Estados Unidos.


Hoje na História, 1964, Martin Luther King recebe o Prêmio Nobel da Paz

Publicado em Domingo, 14 Outubro 2012 23:33 
 
A defesa da igualdade e da paz no mundo era a causa de Luther King, o que lhe valeu o Nobel da Paz, a 14 de outubro de 1964, um ano depois do seu célebre discurso 'Eu Tenho Um Sonho'. Hoje, recordamos o mais jovem galardoado com aquele prémio.
Martin Luther King nasceu em Atlanta, a 15 de janeiro de 1929 e foi um pastor protestante e ativista político norte-americano, que se tornaria num dos mais importantes defensores dos direitos civis dos negros nos EUA.
A defesa da paz no mundo era a sua grande causa, o que lhe valeu o Prémio Nobel da Paz, em 1964, tornando-se na pessoa mais jovem a receber tal distinção – com 35 anos, apenas.
Luther King nasceu numa sociedade racista, com episódios que geraram revolta. A prisão de uma mulher negra, em 1955, por se ter negado a dar o seu lugar no autocarro a uma mulher branca é um dos exemplos desses inúmeros casos de segregação racial, contra os quais Martin Luther King lutou.
Essa defesa dos direitos humanos gerou ódios, que por sua vez levaram a ataques e atentados à vida contra o próprio Luther King. Em 1963, um ano antes de ser galardoado com o Nobel da Paz, faz um dos mais marcantes discursos da história da humanidade: o famoso discurso 'Eu Tenho Um Sonho', em março de 1963, em frente ao Memorial Lincoln em Washington.
Organizou marchas para conseguir o direito ao voto, além de outros direitos civis básicos, bem como o fim da segregação e das discriminações no trabalho. A sua batalha por esses direitos resultou na consagração na lei norte-americana da Lei de Direitos Civis (1964) e da Lei de Direitos Eleitorais (1965).
Martin Luther King era odiado por muitos segregacionistas do sul, sentimento que levou à sua morte, a 4 de abril de 1968, data em que foi assassinado, momentos antes de uma marcha, num hotel de Memphis. Está sepultado no Centro Martin Luther King Jr., em Atlanta.
Os EUA homenageiam todos os anos esta figura incontornável da história norte-americana: desde 1986, foi estabelecido um feriado nacional no Dia de Martin Luther King, que se assinala na terceira segunda-feira de janeiro, data próxima ao aniversário de Kin
http://arquivo.geledes.org.br/atlantico-negro/afroamericanos/martin-luther-king/15876-hoje-na-historia-1964-martin-luther-king-recebe-o-premio-nobel-da-pazg
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Martin Luther King proferiu o discurso profético "I Have a Dream", nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington. O discurso, fez parte da Marcha de Washington por Empregos e Liberdade, e foi um momento decisivo na história do Movimento Americano pelos Direitos Civis. Realizado para uma platéia de mais de duzentas mil pessoas que apoiavam a causa, o discurso é considerado um dos maiores na história e foi eleito o melhor discurso estadunidense do século XX numa pesquisa feita no ano de 1999 (trexto extraído do Youtube)

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“Estou feliz por estar hoje com vocês num evento que entrará para a história como a maior demonstração pela liberdade na história de nosso país.

Há cem anos, um grande americano, sob cuja simbólica sombra nos encontramos, assinou a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um grande raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para pôr fim à longa noite de cativeiro.

Mas, cem anos mais tarde, devemos encarar a trágica realidade de que o negro ainda não é livre. Cem anos mais tarde, a vida do negro está ainda infelizmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação.

Cem anos mais tarde, o negro ainda vive numa ilha isolada de pobreza no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o negro ainda definha nas margens da sociedade americana estando exilado em sua própria terra. Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramatizar essa terrível condição.


De certo modo, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitetos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e a Declaração da Independência, eles estavam a assinar uma nota promissória da qual todo americano seria herdeiro. Essa nota foi uma promessa de que todos os homens teriam garantia aos direitos inalienáveis de “vida, liberdade e à procura de felicidade”.

É óbvio que a América de hoje ainda não pagou essa nota promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar esse compromisso sagrado, a América entregou ao povo negro um cheque inválido devolvido com a seguinte inscrição: “Saldo insuficiente”.

Porém recusamo-nos a acreditar que o banco da justiça abriu falência. Recusamo-nos a acreditar que não haja dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidade desse país. Então viemos para descontar esse cheque, um cheque que nos dará à vista as riquezas da liberdade e a segurança da justiça.

Viemos também para este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é hora de se dar ao luxo de procrastinar ou de tomar o remédio tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da democracia.

Agora é hora de sair do vale escuro e desolado da segregação para o caminho iluminado da justiça racial. Agora é hora [aplausos] de retirar a nossa nação das areias movediças da injustiça racial para a sólida rocha da fraternidade. Agora é hora de transformar a justiça em realidade para todos os filhos de Deus.

Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência desse momento. Esse verão sufocante da insatisfação legítima do negro não passará até que chegue o revigorante outono da liberdade e igualdade. Mil novecentos e sessenta e três não é um fim, mas um começo. E aqueles que creem que o negro só precisava desabafar e que agora ficará sossegado, acordarão sobressaltados se o país voltar ao ritmo normal.

 

Não haverá nem descanso nem tranquilidade na América até o negro adquirir seus direitos como cidadão. Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir os alicerces do nosso país até que o resplandecente dia da justiça desponte.

Há algo, porém, que devo dizer a meu povo, que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça: no processo de ganhar o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de atos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio. Devemos sempre conduzir nossa luta no nível elevado da dignidade e disciplina.

Não devemos deixar que o nosso protesto criativo se degenere na violência física. Repetidas vezes, teremos que nos erguer às alturas majestosas para encontrar a força física com a força da alma.

Esta nova militância maravilhosa que engolfou a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos irmãos brancos, como se vê pela presença deles aqui, hoje, estão conscientes de que seus destinos estão ligados ao nosso destino.

E estão conscientes de que sua liberdade está intrinsicamente ligada à nossa liberdade. Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder.

Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: “Quando é que ficarão satisfeitos?” Não estaremos satisfeitos enquanto o negro for vítima dos indescritíveis horrores da brutalidade policial. Jamais poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados com as fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso aos hotéis de beira de estrada e das cidades.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade básica do negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Não podemos estar satisfeitos enquanto nossas crianças forem destituídas de sua individualidade e privadas de sua dignidade por placas onde se lê “somente para brancos”.

Não poderemos estar satisfeitos enquanto um negro no Mississippi não puder votar e um negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos e só estaremos satisfeitos quando “a justiça correr como a água e a retidão como uma poderosa corrente”.

Eu sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês acabaram de sair de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a sua procura de liberdade lhes deixou marcas provocadas pelas tempestades de perseguição e pelos ventos da brutalidade policial.

Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor. Voltem para o Mississippi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para Luisiana, voltem para as favelas e guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, essa situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.

Digo-lhes hoje, meus amigos, que, apesar das dificuldades e frustrações do momento, eu ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.

Eu tenho um sonho que um dia essa nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: “Consideramos essas verdades como auto-evidentes que todos os homens são criados iguais.”

Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.

Eu tenho um sonho que um dia mesmo o estado do Mississippi, um estado desértico sufocado pelo calor da injustiça, e sufocado pelo calor da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.

Eu tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos um dia viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor da pele, mas pelo conteúdo do seu caráter. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia o estado do Alabama, com seus racistas cruéis, cujo governador cospe palavras de “interposição” e “anulação”, um dia bem lá no Alabama meninos negros e meninas negras possam dar-se as mãos com meninos brancos e meninas brancas, como irmãs e irmãos. Eu tenho um sonho hoje.

Eu tenho um sonho que um dia “todos os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas; os lugares mais acidentados se tornarão planícies e os lugares tortuosos se tornarão retos e a glória do Senhor será revelada e todos os seres a verão conjuntamente”.

Essa é a nossa esperança. Essa é a fé com a qual eu regresso ao Sul. Com essa fé nós poderemos esculpir na montanha do desespero uma pedra de esperança. Com essa fé poderemos transformar as dissonantes discórdias do nosso país em uma linda sinfonia de fraternidade.

Com essa fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ser presos juntos, defender a liberdade juntos, sabendo que um dia haveremos de ser livres. Esse será o dia, esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado:

Meu país é teu, doce terra da liberdade, de ti eu canto.
Terra onde morreram meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada lado das montanhas ressoe a liberdade!

E se a América quiser ser uma grande nação, isso tem que se tornar realidade.

E que a liberdade ressoe então do topo das montanhas mais prodigiosas de Nova Hampshire.

Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque.

Que a liberdade ressoe das elevadas montanhas Allegheny da Pensilvânia.

Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado.

Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia.

Mas não só isso; que a liberdade ressoe da montanha Stone da Geórgia.

Que a liberdade ressoe da montanha Lookout do Tennessee.

Que a liberdade ressoe de cada montanha e de cada pequena elevação do Mississippi. Que de cada encosta a liberdade ressoe.

E quando isso acontecer, quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada lugar, de cada estado e cada cidade, seremos capazes de fazer chegar mais rápido o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção espiritual negra:

Finalmente livres! Finalmente livres!

Graças a Deus Todo Poderoso, somos livres, finalmente."
Texto extraído :http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2013/08/confira-a-traducao-na-integra-do-discurso-feito-por-martin-luther-king-ha-50-anos-4248603.html

09 outubro 2015

09 de Outubro de 1989: O dia em que o Muro de Berlim começou a cair

sexta-feira, 9 de outubro de 2015


09 de Outubro de 1989: O dia em que o Muro de Berlim começou a cair

A polícia estava na rua, com escudos, bastões, e cães. O jornal oficial do partido avisara que o exército estava de armas na mão, pronto a esmagar qualquer ameaça à ordem socialista. Os hospitais de Leipzig tinham recebido sangue extra. A imagem na cabeça das pessoas da cidade do Leste da Alemanha era uma: Tiananmen.
Apesar disso, mais de 70 mil pessoas saíram à rua a 9 de Outubro de 1989 em Leipzig,  quando se deu a manifestação que tudo mudou.
No dia 9 de Outubro de 1989, Irmtraut Hollitzer saiu de casa para ir, como ia sempre, à oração pela paz numa das igrejas de Leipzig. Nestes círculos de relativa liberdade que eram as igrejas e nestes encontros eram há alguns anos discutidas questões decisivas para o Estado – dos problemas ambientais à proibição de viajar. Estes encontros começaram a chamar a atenção e em Setembro saíram do interior das igrejas. “Imagine, na RDA era tudo sempre sossegado, não se passava nada, e de repente todas as segundas-feiras acontecia alguma coisa na Igreja de S. Nicolau”, contou Irmtraut numa conversa telefónica com o PÚBLICO. Na segunda-feira, dia 2 de Outubro, o regime achou que chegava e mandou a polícia reprimir uma manifestação no exterior da igreja à bastonada.
Na segunda-feira seguinte, dia 9, as quatro principais igrejas da cidade estavam cheias. Irmtraut estava na Igreja de S. Tomás. “Não cabia nem mais uma pessoa. Havia gente no pátio, cá fora.” Com todas as ameaças do regime, o ambiente era muito tenso. “Falou-se sobre quão difícil estava a situação. Os nossos sentimentos, as nossas emoções, estavam todas dominadas pelo medo”, lembra.
As portas da igreja abriram-se e Irmtraut teve de decidir: “Ou ia para a esquerda, para casa, ou para a direita.” Viu a polícia, “pronta para atacar, com escudos, com cães”. Lembrou-se dos avisos: “O exército estava com armas na mão para reprimir a manifestação.” O Presidente da RDA, Erich Honecker, tinha elogiado as autoridades chinesas pelo modo como acabaram com o protesto de Tiananmen. “Eu tinha quatro filhos. Estava cheia de medo.” Irmtraut decidiu e acelerou o passo: “Para casa, para casa.”
Muitas outras pessoas foram, apesar disso, para o lado oposto, “com incrível coragem”, sublinha Irmtraut. Juntaram-se a pessoas vindas das outras igrejas, incluindo a Igreja de S. Nicolau, onde havia orações pela paz desde 1982. Tinham velas na mão. Diziam “Somos o povo” ou “não à violência”.
Não sabiam se iam ser atacadas, espancadas, se ia haver tiros. Não sabiam se no dia a seguir iam ter emprego. “Para mim foi espantoso como foram”, resume Irmtraut. “Se tivessem sido menos, certamente a manifestação teria sido reprimida.”
A polícia, que na semana anterior tinha sido violenta, não soube reagir a tanta gente. Os agentes da Stasi infiltrados que tentaram causar problemas foram isolados pelos manifestantes. Na superordenada RDA, o trânsito estava caótico, condutores deixaram carros no meio da rua para se juntar à marcha, as forças do regime não sabiam o que fazer – então acabaram por não fazer nada. “Eles estavam prontos para tudo”, comentou Christian Führer, um dos padres da Igreja de S. Nicolau que liderou as orações pela paz desde 1982 (e que morreu este ano). “Excepto para orações e velas.”
Irmtraut chegou a casa e ligou a televisão num canal da Alemanha Ocidental. “Passado um bocado falou-se de Leipzig e de uma manifestação pacífica. E foi como uma libertação.”
Na segunda-feira seguinte, tudo era diferente. “Já não tínhamos medo”, conta Irmtraut. Não foi preciso decidir se a seguir à oração ia para a casa ou para a manifestação: “Lembro-me de um sentimento in-crí-vel, estar ligada a esta massa de pessoas e podermos fazer alguma coisa, demonstrar a nossa oposição a este sistema, dizer: ‘Basta de mentiras.’”
Imagens de Leipzig chegaram a outras cidades e as manifestações multiplicavam-se de cidade em cidade e cresciam. A pressão sobre o regime continuava.
Na altura, o máximo que Irmtraut imaginou foi que o regime da RDA mudasse. Até que umas semanas mais tarde alguém gritou numa manifestação: “Fora com o muro.” E eu pensei: ‘Oh meu deus, será que é possível?’ Para mim o muro acabar era como um sonho.”
E a 9 de Novembro, depois de 28 anos de existência, o muro caiu.
A queda do Muro de Berlim foi tão inesperada como fruto de uma complexa teia de circunstâncias, desde em Moscovo ser Presidente Gorbatchov, ao surgimento do movimento Solidariedade na Polónia (na comemoração dos 20 anos da queda do muro, Lech Walesa, o líder do Solidariedade, deitou abaixo o primeiro dominó de uma cadeia simbolizando o Muro de Berlim), passando pela abertura das fronteiras da Hungria e Checoslováquia que levaram a uma saída em massa de alemães do Leste para o oeste.
Como resumiu em 2009 o jornalista da BBC que era o correspondente em Moscovo Brian Hanrahan (e que entretanto morreu): “Uma semana depois Honecker foi-se embora, um mês depois foi-se o Muro de Berlim, deitado abaixo pela coragem dos manifestantes de Leipzig.”
Para o padre Christian Führer, citado pela revista Spiegel, não há dúvidas: “Foi uma auto-libertação.” A queda do muro “foram as pessoas daqui que a fizeram”.

 Fonte: Público
Mais de 70 mil pessoas saíram à rua a 9 de Outubro de 1989 em Leipzig

http://estoriasdahistoria12.blogspot.com.br/2015/10/09-de-outubro-de-1989-o-dia-em-que-o.html