O I
“Não interessa o que bom senso diz
não interessa o que diz o rei
(se no jogo não há juiz
não há jogada fora da lei)
não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o estado diz
nós falamos outra língua
moramos em outro país”
engenheiros do hawaii
não interessa o que diz o rei
(se no jogo não há juiz
não há jogada fora da lei)
não interessa o que diz o ditado
não interessa o que o estado diz
nós falamos outra língua
moramos em outro país”
engenheiros do hawaii
Como falar de fotos famosas sem citar o protesto do jovem anônimo no caminho para a Cidade Proibida?
Em 1989, chineses insatisfeitos fizeram manifestações contra o governo e sua situação econômica. O cenário culminou no episódio que ficou conhecido como “O massacre da Praça da Paz Celestial”, onde os rebeldes presentes na principal praça de Beijing foram controlados com o uso da força, assentida pela declaração da Lei Marcial. Ainda que, à época, o New York Times tenha noticiado 800 mortes, fala-se que o número chegou a dois mil mortos e uma contagem ainda maior de feridos.
Provavelmente este sangrento acontecimento teria sido mais um esquecido pelo resto do mundo se não fosse por um anônimo rapaz que ousou ir mais além: sozinho, o “Rebelde Desconhecido” interpôs-se à fileira de tanques de guerra, e questionou. O condutor poderia ter passado por cima do homem, afinal, era isso que o exército chinês vinha fazendo desde que o poder lhe fora entregue. E é por isso que, hoje, comenta-se a coragem dos dois anônimos.
Era 4 de Junho de 1989. O chinês parou. Carregava uma sacola em uma de suas mãos, e uma blusa na outra. O tanque tentou desviar para o lado, ele moveu-se na direção. O tanque desviou-se para o outro, ele foi novamente. O tanque parou. Ele subiu no carro de combate, falou algo e desceu. Venceu por segundos, que lhe garantiram a vitória do eterno reconhecimento. Só depois, o imenso exército constituído de um único homem foi arrancado de sua tarefa. Apesar dos muitos boatos, nunca soubemos o nome ou o destino de nenhum dos envolvidos neste caso. As câmeras, no entanto, eternizaram o momento, e, mais tarde, a Time (1998) viria a eleger o “Homem-tanque” como uma das pessoas mais influentes do século XX.
A foto que figura este post é de autoria de Charlie Cole. Na época, foi publicada na Newsweek. Ganhadora do World Press Photo de 1989 e do Prêmio Pulitzer de 1990, é uma das principais fotos de uma das cenas mais conhecidas de todos os tempos.
http://iemai.com.br/o-exercito-de-um-homem-so-i/
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