Cleópatra (69 - 30 a. C.) foi rainha do Egito, a última soberana da dinastia dos Ptolomeus, que reivindicavam descendência direta do macedônio Alexandre o Grande e levaram o Egito ao auge de sua prosperidade até cair sob a dominação romana.
Imortalizada pela história, Cleópatra exerceu forte influência sobre o destino de Roma, graças as relações amorosas com Júlio César e Marco Antônio.
Cleópatra nasceu em Alexandria, Egito, no ano 69 a. C. Filha de Ptolomeu XII foi educada entre os papiros da Biblioteca de Alexandria. Conhecia a poesia grega, a matemática e a filosofia.
Segundo o historiador grego Heródoto, Cleópatra era fluente em nove idiomas e dispensava intérpretes para saudar, conversar, discutir e negociar com representantes ou líderes de outros povos.
O Trono do Egito
Em 51 a. C., após a morte de seu pai, Cleópatra subiu ao trono do Egito. O pai deixara o reino, em testamento, para o filho Ptolomeu XIII, então com 10 anos, e para Cleópatra, prevendo o casamento entre ambos, segundo a tradição.
Três anos após assumir o poder, Cleópatra entrou em uma guerra civil contra os ministros do irmão e enfrentou sérias intrigas palacianas contrariando os planos dos conselheiros reais, que conseguiram afastá-la do trono.
Cleópatra e Júlio César
Sedutora e inteligente, Cleópatra resolveu pedir auxílio a Júlio César, ditador vitalício de Roma, a maior potência mediterrânea da época, que fora ao Egito perseguindo seu rival Pompeu, que chegando lá, foi assassinado por conselheiros do rei menino, para agradar ao ditador.
Conta a história que Júlio César se recolheu em seus aposentos para pensar a melhor forma de ajudar Ptolomeu. Dias depois, recebeu um tapete enrolado e ao abrir encontrou Cleópatra, que jovem, bela e esperta, ofereceu-se a ele, em troca de ajuda às suas pretensões políticas.
Júlio César conseguiu que Ptolomeu concordasse em partilhar o trono com Cleópatra.
Depois da morte de Ptolomeu XIII, em 47 a. C., sua irmã Arsinoé foi mandada prisioneira para a Itália, e César e Cleópatra podiam desfrutar em paz a vitória. Cleópatra tornou-se rainha, mas o Egito passou a ser vassalo de Roma.
Cleópatra casou-se com seu outro irmão, Ptolomeu XIV, mas vivia em companhia de Júlio César. Durante cinco meses, César percorreu o rio Nilo em navios de luxo na companhia de Cleópatra.
De sua relação com Júlio César nasceu Ptolomeu V César, conhecido por Cesário, seu primeiro filho.
Ambiciosa, cercada de luxo e grande estrategista, entre seus projetos Cleópatra incluía fazer do Oriente um império dos Ptolomeus, com capital em Alexandria.
Mas foi nas suas tratativas com Roma, necessitada da riqueza do Egito para financiar suas campanhas militares, que ela ampliou seu poder e construiu a imagem de uma mulher forte, decidida, independente, que foi capaz de transitar com igualdade entre os homens.
Cleópatra e Marco Antônio
Com o assassinato de Júlio César em 44 a. C., a rainha Cleópatra voltou para o Egito, mas não acabou com seus planos.
Ainda mais ambiciosa, uniu-se então a Marco Antônio, um dos integrantes do novo triunvirato que governaria Roma, que precisava de recursos financeiros e militares do Egito.
Durante o período em que estiveram em Alexandria, tiveram um casal de gêmeos, Cleópatra Selene e Alexandre Hélio. Em troca, Marco Antônio lhe devolveu alguns territórios que haviam sido conquistados pelo Império Romano.
Morte
A disputa e as rivalidades entre Lépido, Marco Antônio e Otávio, sobrinho de Júlio César, pela supremacia do poder, terminaram em guerra entre Marco Antônio e Otávio.
No ano 31 a. C., na Batalha de Actium, Marco Antônio foi ferido e perdeu a vida.
Cleópatra, vendo seu poderio destroçado pela intervenção de Otávio, a quem ela não conseguiu atrair, se suicida deixando-se morder por uma serpente.
O Egito foi anexado ao Império Romano e Otávio tornou-se o primeiro Imperador de Roma.
Cleópatra faleceu em Alexandria, no Egito, no ano 30 a. C.
Filmes
- César e Cleópatra (1945), interpretada por Vivien Leigh.
- Cleópatra (1963), interpretada por Elizabeth Taylor, que virou um clássico do cinema.